Direto do baú: sugestões para a Libertadores e a Sul-Americana

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Atual formato da Libertadores e da Sul-Americana sobrecarrega clubes de todo o continente e joga segunda competição em segundo plano
Atual formato da Libertadores e da Sul-Americana sobrecarrega clubes de todo o continente e joga segunda competição em segundo plano

 

Este texto, a exemplo do anterior desta série, também é recente. É de abril. Eles se complementam, pois parte dos problemas do calendário brasileiro têm a ver com o caos do calendário sul-americano. O original está aqui neste endereço.

Sugestão diferente de formato para a Libertadores e a Sul-Americana

 

Publicado em 29 de abril de 2014 por Leonardo Bonassoli

 

No post anterior, eu sugeri uma mudança de formato para o Futebol Brasileiro. Muitos dos problemas que ele tem de calendário, na verdade, têm como causa o calendário Sul-Americano. A Libertadores e a Copa Sul-Americana, ambas da Conmebol, têm sérios problemas.

O mais visível é que as competições não são simultâneas, talvez porque a Conmebol ache mais fácil ganhar dinheiro de televisionamento com elas correndo separadas. Com isso, elas são socadas cada uma em um semestre. Para efeito de comparação, um time que começa na fase de grupos da Liga dos Campeões e chega à decisão disputa 13 jogos pela competição entre setembro do ano anterior e maio do ano da final, num total de 9 meses. Em 6 meses, entre fevereiro e agosto (graças à pausa para a Copa do Mundo, senão seriam 5 meses e decisão no início de julho), um time na Libertadores faria, na mesma situação, 14 jogos, contando com muitas vezes distâncias maiores e rede de transportes mais deficiente. A Sul-Americana é disputada depois disso e acaba em dezembro, em apenas 4 meses.

O efeito disso é time usando reservas em jogos de campeonatos nacionais, times usando reservas na Sul-Americana, que fica esvaziada, ainda mais com a terrível fase nacional, a coisa mais esdrúxula do futebol continental. Para piorar, com o intuito de valorizar e deixar mais longa a Copa do Brasil, a CBF conseguiu transformar a classificação para a Sula na coisa mais bizarra e ininteligível possível: participam os melhores clubes no Brasileirão anterior que forem eliminados cedo da Copa do Brasil. Efeito colateral: time largando mão da Copa do Brasil.

As mudanças

As sugestões são simples: integrar a Libertadores com a Sul-Americana. Para efeitos de tevê, podem ter dias exclusivos ou semanas alternadas entre elas. Na Europa, a Liga dos Campeões é terça e quarta e a Liga Europa é quinta. Mas como integrar?

O primeiro passo é aumentar o tempo das competições. Começariam no início de fevereiro, como praticamente é hoje e seriam estendidas até o primeiro semestre de novembro. Praticamente os mesmos 9 meses da Liga dos Campeões, com o agravante disto contar com a Fase Preliminar.

A Fase Preliminar seria como é hoje: 12 equipes fazendo mata-mata. A diferença é que os times que perdessem iriam parar na Copa Sul-Americana. A Libertadores manteria seus 26 times pré-classificados para a Fase de Grupo e a Sul-Americana teria 26 times pré-classificados para a Primeira Eliminatória. Com a Preliminar valendo para as duas, serão 32 para cada competição.

Enquanto os times da Libertadores jogam seis partidas da Fase de Grupos, os da Sul-Americana jogam duas eliminatórias, caindo de 32 para oito sobreviventes. Aí que entra mais uma vez a integração. Os terceiros colocados dos grupos da Libertadores se classificam para as Oitavas de Final da Sul-Americana o que pode servir de incentivo para equipes que pegaram grupos fortes ou de forças menores que não têm tanto punch para brigar com os grandes do continente.

Com 16 em cada competição, elas seguirão em mata-mata como são atualmente até cada uma ter seu campeão. Simples?

Concorda? Discorda? Tem uma ideia melhor? Comente!

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