Guia das Cidades – Paranaense 2015 – Ponta Grossa

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Hoje, no Futebol Metrópole, na terceira parte do nosso Guia de Cidades do Paranense 2015, teremos Ponta Grossa, casa do Operário, clube mais antigo do interior e que aposta em um técnico com bom cartel no Rio Grande do Sul e reforços conhecidos dele.

Ponta Grossa fica no Segundo Planalto Paranaense, na região entre a Serrinha do Purunã e a Serra da Esperança, nos Campos Gerais, região conhecida por grandes pastagens naturais. Conhecida como a Princesa dos Campos, é a quarta cidade mais populosa do estado, com 334.535 habitantes segundo a projeção de 2014 do IBGE. Foi fundada em 15 de setembro de 1823, mas já era alvo de expedições desde o século XVI, primeiro por espanhois, passando em 1800, já sob domínio português, a ser parte da Vila Nova de Castro (atual Castro), antes de conseguir a independência.

A cidade cresceu inicialmente como pouso para os tropeiros, viajantes que levavam mercadorias entre Sorocaba-SP e Viamão-RS. As pastagens eram importantes para o descanso das comitivas e para a engorda do gado que ela levado. Mais tarde, recebeu colonização de russos-alemães, ao passo que virava importante entroncamento ferroviário. Atualmente, é um polo industrial e de serviços, com destaque para a indústria alimentícia, especialmente de derivados de soja, e para a indústria da cerveja. Foi em Ponta Grossa que nasceu a marca Kaiser, por meio de empresas que produziam Coca-Cola. Atualmente, a Kaiser pertence à holandesa Heineken, cuja fábrica fica na entrada do município para quem vem de Curitiba. Em breve, a fábrica da Ambev, que fica em Curitiba, passará a ser em Ponta Grossa, onde uma grande estrutura está em construção.

Estádio notável

Estádio Germano Krüger, Vila Oficinas
Estádio Germano Krüger, Vila Oficinas

Inaugurado em 12  de outubro de 1941, o Germano Krüger é a casa do Operário. Atualmente tem capacidade para 8.620 pessoas, segundo o Cadastro Nacional de Estádios da CBF. Fica no Bairro de Vila Oficinal, cuja origem é a estrada de ferro. O nome Germano Krüger é uma homenagem ao engenheiro de estradas de ferro alemão que projetou e coordenou as obras do estádio. Nos anos 80, recebeu o segundo anel, que possui apenas um pequeno trecho. É lá onde ficam as cabines de rádios e as sociais.

O time da cidade

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O Operário Ferroviário foi fundado em 1ºde maio de 1912, sendo o clube mais antigo do interior do Paraná e o segundo mais antigo em atividade no futebol do estado. Surgiu da união entre atletas do time da Rede Viação Paraná-Santa Catarina (RVPSC), curiosamente a mesma empresa que veio a incentivar o Ferroviário em Curitiba em 1930, e o Riachuelo. Nunca foi campeão estadual. Carrega a alcunha de Fantasma, por dar sustos nos times da capital quando joga em seu estádio.

Para esta temporada, o Fantasma contratou o técnico catarinense Itamar Schülle, que vem credenciado por uma ótima passagem pelo Novo Hamburgo, do Rio Grande do Sul. Lá, só não foi mais longe pelo erro da diretoria, que liberou jogador sem condições legais para atuar e fez a equipe ser eliminada no STJD. O treinador recomendou alguns jogadores com passagem pelo futebol gaúcho, como o atacante Juba. Outros vieram de outros lados, como o uruguaio Sosa do FC Cascavel, e o meia Ruy Franco, que esteve no Maringá e chegou a ser anunciado no Arapongas, antes do clube nortista desistir da competição. Curioso é o volante Léo Salino, que é irmão gêmeo do meia Leandro Salino, que joga no Olimpiacos da Grécia.

Entre as lendas do Operário está o atacante Zeca. O centroavante foi o artilheiro do Paranaense de 1959 com 26 gols, ficando para sempre no coração do torcedor do Fantasma. Mais recente, é o zagueiro Miltão do Ó, pai dos ex-zagueiros Marcelo e Milton do Ó, este último, auxiliar técnico do j. Malucelli. Ainda mais recente, temos na galeria de ídolos alvinegros o lateral-direito Lisa, prata da casa, presente em boas campanhas da equipe princesina.

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