Pílulas da Suburbana (XXVII)

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Wagner Primo, que estava no Palmeirinha, assumiu o Urano

Chegou o Primo

Ainda no fim do ano que se passou, o Urano confirmou mudanças no comando técnico. Cristiano Bassoli passa a ficar apenas focado na presidência e Wagner Primo, então no Palmeirinha, assume o comando técnico da equipe, que deve jogar a Copa de Futebol Amador da Capital e quer voltar o quanto antes à elite da Suburbana.

Daniel voltou

O Palmeirinha foi bem rápido na reposição e repatriou Daniel Jorge, que havia subido com a equipe em 2016. A equipe disputa as mesmas competições que o Urano.

Marquinhos se foi

Campeão da Série B com o Vila Sandra, Marcos Franco deixou o Vila Sandra para ser membro da comissão técnica, como gerente de futebol, do Araucária, novo clube profissional que jogará a Terceirona Paranaense. No entanto, como a Terceirona só será jogada no segundo semestre, ele treinará o Nova Geração de Araucária na Taça Paraná, no primeiro semestre.

Saurin no Corredor

O Vila Sandra também foi ágil na reposição, contratando Júnior Saurin, que estava no Capão Raso e tem uma semifinal de Suburbana e um bicampeonato da Copa de Futebol Amador da Capital como resultados mais expressivos na passagem pelo Tricolor de Aço que durou cinco temporadas. O Vila Sandra jogará a Taça Paraná e a Série A.

Sobe o Bob

A solução para o Capão Raso já estava lá. Robson Luís, o Bob, que era auxiliar técnico, agora é o treinador da equipe, que joga a Série A e tende a disputar a Copa de Futebol Amador da Capital, competição em que, ao lado do Bangu, é o maior vencedor.

Passaúna no Pilarzinho

Pode parecer geograficamente estranho para quem conhece Curitiba, mas teremos Passaúna no Pilarzinho. A gente explica: Marquinhos Passaúna é o novo treinador do Operário Pilarzinho. O técnico anterior, Peterson de Freitas, dono de currículo com vice-campeonato e semifinal com a equipe, agora terá cargo na diretoria da Coruja.

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Três perguntas para: Leandro Andrade, presidente do Operário Pilarzinho

Com apenas 29 anos, Leandro Andrade é um dos mais jovens presidentes do futebol brasileiro, incluindo profissionais. Recém-eleito no Operário Pilarzinho, Andrade teve uma breve carreira de atleta profissional jogando em Israel e em Santa Catarina. Depois, no Amador, passou por Vila Fanny, Vasco da Gama, Olympique, Bairro Alto, Novo Mundo, Santa Quitéria e o próprio Operário Pilarzinho, antes de pendurar as chuteiras e trabalhar do lado de fora do gramado. Ele é coordenador técnico da Escolinha de Futebol do Paraná Clube de Santa Felicidade. O jovem presidente foi diretor executivo da equipe nos dois últimos anos e agora inaugura o novo quadro do Futebol Metrópole, que deverá acompanhar ocasionalmente as Pílulas da Suburbana.

Pergunta 1: Tendo em vista a permanência de algumas pessoas da gestão anterior no Operário Pilarzinho, tua gestão pode ser considerada uma continuidade da anterior? E como avalia os feitos dos últimos cinco anos do clube (um vice e uma semifinal nos Adultos, algumas boas campanhas nos juvenis)?

Somente ficou diretor de futebol Valdi e promovemos Peterson de Freitas, além de manter parte da comissão . A avaliação é muito boa pelo fato dos últimos 5 anos o clube subir de patamar no quesito evidência . Isso faz andar os projetos para os investidores no clube. Nosso juvenil foi três vezes para a semi final e no ano passado caiu nas quartas também nos pênaltis para o Capão Raso [que viria a ser vice-campeão].

Pergunta 2: Nos últimos anos, o futebol como um todo, não só o Amador, ficou mais difícil para quem não é o mais rico. Na Suburbana, notamos que há clubes que entram já como favoritos como isso. Qual a fórmula que o Operário Pilarzinho pretende para tentar furar isso, entrar nesse clube e brigar diretamente pela inédita taça?

Realmente hoje, na elite da Série A, você precisa ter recursos para se manter. E não é barato. Temos a ciência clara que precisa ser mais investido no futebol para que a probabilidade de sucesso aumente. Mas também temos a ciência que hoje o Operário Pilarzinho tem a maior grandeza de um excelente produto aos investidores que é a visibilidade e público. Temos o projeto Pilarzinho Gigante no seu terceiro ano, em que eu mesmo fui responsável pela criação e desde 2017 estamos dando passo a passo para que até 2020 o clube tenha totais condições, seja financeira ou de estrutura, para brigarmos de verdade. Temos total ambição pelo título, mas há a razão que é a longo prazo para que isso aconteça na hora certa.

Pergunta 3: Um dos destaques do Operário Pilarzinho é a base. Geralmente com times competitivos. Para a imprensa, aquele time de 2015 foi um destaque. A maior dificuldade dos clubes é fazer a transição do juvenil direto para o adulto, já que o Junior não existe há alguns anos, no entanto, o Operário Pilarzinho tem fixado em média um garoto por temporada no time de cima. Há um projeto em cima disso? Há intenção de ampliar esta política de valorização dos garotos?

Hoje o clube já tem um “menino da vila” criado a cada temporada realmente. Mas a ideia prática foi modelar nossa escola do clube com mais de 100 meninos a serem trabalhados especificamente na base. Resumindo, é usar o modelo do Trieste como profissionalismo, mas com o lado identidade de Pilarzinho. Iniciando trabalho agora em janeiro e com parceiros futuros, o Operário Pilarzinho entra no mercado de competição de base,  em que dará mais maturidade e experiência até a oportunidade de subir a equipe principal e com mais atletas. O Operário Pilarzinho na nova gestão vai utilizar sua categoria juvenil 100% criada no próprio Bôrtolo Gava.

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