O Trieste ficou bastante perto de conquistar a Suburbana, o que não fazia desde 2013. O Tricolor de Santa Felicidade precisa de pelo menos um empate contra o arquirrival Iguaçu e para isso tem duas chances. Isso tudo por ter vencido, neste sábado (25), por 1 a 0, no Egydio Ricardo Pietrobelli, a primeira partida da decisão que não era disputada no Clássico da Polenta desde 1977. Herick, contra, fez o gol do Trieste.
O time do técnico Ivo Petry joga no próximo sábado (02/12) por um empate no Francisco Muraro. Caso o Iguaçu do técnico Alei Júnior, o Juninho, vença nos domínios adversários, precisará vencer novamente, pois o Trieste, por ter melhor campanha, joga por um empate na terceira partida em campo neutro a ser definido. O Trieste tem 12 títulos da competição e o Iguaçu tem nove, incluindo o do ano passado, e uma incômoda escrita a se quebrar: só foi bicampeão consecutivo uma única vez, em 1967/1968.
“A equipe suportou bem a pressão, fez uma proposta e depois da expulsão do Grilo tivemos que mudar. Tomamos muita pressão, pois o Iguaçu é uma equipe muito qualificada e temos de nos preparar, corrigir erros de posicionamento, pois será um jogo duro e nada está ganho”, disse o zagueiro Igor, capitão do Trieste. “Segundo jogo lá. Temos de ir com atitude. Acho que a postura do segundo tempo dá para reverter”, afirmou o goleiro Rodrigo do Iguaçu.
O jogo
A partida começou em alta rotação, com bastante contato físico. O gol do Trieste saiu rápido e foi um balde de água fria para a torcida que era maioria em sua casa. Após jogada pela esquerda, a bola bateu em Herick e foi fora do alcance de Rodrigo quando o relógio marcava apenas seis minutos de jogo.
O Iguaçu teve de sair para cima com mais ímpeto que imaginava e aí foi alvo de saídas em velocidade do Trieste.
Aos 41 minutos, já com cartão amarelo, Edson Grilo acerta um adversário por trás e recebe o cartão vermelho. Com um a menos, o Trieste deve de se encolher em campo.
Ainda na primeira etapa, uma confusão no banco de reservas, quando Ricardo Ehle empurrou Helton e este acertou Marabá. Ricardo Ehle, que sequer entrou em campo, levou amarelo.
A segunda etapa teve um Trieste se reorganizando na defesa e deixando o artilheiro Bruno Batata como único homem de frente e um Iguaçu afoito por empatar o jogo, mas esbarrando em falta de objetividade. O Alvinegro chutou menos a gol o que sugeriria sua situação em campo, mesmo com um a mais e com o ataque povoado.
Por sua vez, o Tricolor fechou-se num 4-4-1 com uma defesa experiente e pouco deu espaço nas tentativas pelo meio, ainda mais com o Iguaçu abusando em afunilar e tentar chegar em infiltrações pelo comando de ataque. Sendo assim, o tempo virou aliado do Trieste, que conseguiu sair com a vitória e a importante vantagem.
Nos juvenis, o Vila Sandra se defendeu bem e fez o que ninguém tinha feito
Na preliminar de juvenis, entre Vila Sandra e Trieste, a bola não balançou. O placar de 0 a 0 foi o primeiro jogo não vencido pelo Trieste, que perdeu os 100% de aproveitamento na competição. O vencedor do jogo de volta, às 14 horas, no próximo sábado (02) no Francisco Muraro, levanta a taça. Um empate leva a contenda para a terceira partida em campo neutro a ser definido com o Trieste jogando por um novo empate.
Comandado pelos meias Ramón e Aramis e pelo artilheiro Pedro Henrique, o Trieste teve domínio de quase toda a partida. No entanto, parou em pelo menos meia dezena de grandes defesas do goleiro Alex, mais uma vez o nome do jogo, e em uma aplicação tática absurda do time do Vila Sandra, especialmente na etapa final, quando foi extremamente preciso nos desarmes, enquanto o Trieste tratava de afunilar o jogo e tentar sua 16.ª vitória consecutiva na competição. A série acabou em 15 vitórias, mas o Tricolor de Santa Felicidade tem duas chances para ser campeão invicto e duas também para ver a taça ir embora com a possível primeira derrota. Façam suas apostas.
Ficha Técnica
Iguaçu 0 x 1 Trieste
Estádio Egydio Ricardo Pietrobelli, Butiatuvinha, Curitiba
Iguaçu: Rodrigo; Luisinho Netto, Douglas, Emerson e Aderaldo; Herick (John), Helton, Hideo e Bruninho (Feijão); Leonardo (Igor) e Alex Pinhais (Marcelo Tamandaré). Técnico: Juninho.
Trieste: Rodrigão; Neto, Igor, Jair e Marabá (William Balsa); Edson Grilo, Aroldo (Joãozinho), Orlei (Danilo) e Marquinhos Lima; Bruno Batata e Eduardo Salles (César Romero). Técnico: Ivo Petry.
Arbitragem: Murilo Ugolini Klein, Weber Felipe Silva, Wesley Waldir Marmitt.
Gol: Herick (IGU, contra a favor do TRI, aos 6’/1.º)
Cartões Amarelos: Douglas, Emerson, Aderaldo (IGU); Edson Grilo, Ricardo Ehle (TRI).
Cartão Vermelho: Edson Grilo (TRI, aos 41’/1.º).