A tarde ensolarada de sábado (10) no Estádio XV de Agosto parecia o cenário perfeito para a primeira vitória do Nacional na Suburbana e tudo pareceu caminhar assim por cerca de uma hora de partida. Mas um gol do Operário Pilarzinho aos 46 minutos do segundo tempo tirou dois pontos do time local, estragou a festa e transformou o gramado em um lugar de choro e lamentações do time da casa. O 3 a 3, placar final do duelo, deixou o Nacional ainda como lanterna, agora com um ponto e segurou o Operário Pilarzinho na oitava colocação, agora com oito pontos, restando mais quatro pontos para disputar.
Bruno, Guilherme Barney e Jefinho fizeram os gols do Nacional. Robson Baroni, Cainan e Joãozinho Madureira, este nos acréscimos, marcaram para o Operário Pilarzinho.
“Infelizmente, é essa a palavra que reflete o jogo. A gente deu bobeira e tomou o gol no final. A gente vem jogando bem a maioria dos jogos. Neste, saímos na frente, abrimos vantagem e deixamos a vitória escapar. Na maioria dos jogos, a gente erra e o adversário faz gol, o adversário erra e a gente não faz. Enquanto não aproveitarmos nossas chances, não vamos vencer”, disse o lateral-direito Bruno, autor do primeiro gol da partida.
“Agora eles pontuaram, mas sabíamos que era um time organizado e jogar aqui é sempre difícil. Jogamos com desfalques. Nosso time está de parabéns e o futebol é interessante por causa disso, pois semana passada tomamos virada do Novo Mundo e agora saímos atrás e buscamos o empate. Temos dois jogos em casa, onde somos fortes, mas temos de trabalhar e tomar cuidado, pois no futebol tem de respeitar. Não respeitamos no começo e tomamos os gols”, afirmou Joãozinho Madureira, autor do gol decisivo do jogo.
Os dois times voltam a campo no próximo sábado, dia 17, com juvenis entrando em campo às 13h30 e adultos às 15h30. O Nacional recebe o Novo mundo no XV de Agosto. O Operário Pilarzinho recebe o Renovicente no Bôrtolo Gava.
O jogo
O jogo começou com certo equilíbrio no primeiro tempo, com os goleiros trabalhando bem e fazendo defesas importantes. Precisando desesperadamente do resultado e com um time leve, o Nacional começou a tomar conta das ações e saiu na frente aos 31 minutos com o lateral-direito Bruno fazendo uma bela jogada individual botando a zaga para dançar e batendo cruzado na saída de Evandro.
O segundo gol do Nacional saiu logo depois em uma bomba de longe de Guilherme Barney, aos 35 minutos. E o terceiro, que parecia ser o caminho para uma goleada foi logo aos 38 minutos por meio de Jefinho.
Em uma bola parada cruzada na área, Robson Baroni descontou para o Operário Pilarzinho aos 41 minutos, mas a sorte parecia ainda estar do lado do Nacional, pois Ricardo, aos 46 minutos, defendeu um pênalti batido por Erlon, pênalti cometido em uma trapalhada da defesa que quase virou gol, mas acabou saindo de um toque de mão.
Na segunda etapa, com a vantagem nas mãos, o Nacional recuou, passando a investir no contra-ataque, enquanto que o Operário tratou de povoar a meia-ofensiva e o ataque. A melhor chance do time alviceleste foi aos 20 minutos quando Vinícius, que acabara de entrar, bateu cruzado e Evandro operou um milagre com a ponta dos dedos. Este pode ter sido o momento que a sorte do jogo virou.
Sem conseguir encaixar contra-ataques como queria para marcar o jogo e acuado em seu campo defensivo, o Nacional viu a maioria dos rebotes caírem nos pés dos jogadores do Operário Pilarzinho. Aos 38 minutos, Cainan arriscou de longe, a bola pegou no morrinho artilheiro e provocou a falha de Ricardo, fazendo o Operário encostar no marcador, já anunciando que seriam longos minutos com um time buscando o empate e outro se defendendo como se fosse uma final de Copa do Mundo.
A cada bola afastada, o time do Nacional via o tempo passar a seu favor. Porém, foi uma única vez, quando o relógio ultrapassava os 46 minutos, com a certeza que a partida ia até os 48, que o experiente meia Joãozinho Madureira apareceu livre na entrada da área, avançou e bateu cruzado para silenciar a agora incrédula torcida do Nacional e fazer a festa da torcida visitante, presente com uma bandeira e cerca de dezena e meia de aficcionados. E o apito final caiu para o time do Nacional, cada vez mais ameaçado pelo rebaixamento, como uma derrota em prorrogação de Copa do Mundo. Para o Operário, foi como renascer após parecer que ia tomar uma goleada histórica.
Nos juvenis, Operário vence em jogo com lance discutido
Na preliminar de juvenis, o Operário Pilarzinho venceu o Nacional de virada por 3 a 1. Os gols do jogo foram no segundo tempo, mas um lance no final da primeira etapa causou discussão: um gol anulado do time do Nacional em bola que saiu da linha de fundo e que o árbitro alegou interferência do atacante que fez corta-luz na jogada. As reclamações duraram até o fim do jogo.
Depois do início da polêmica e do intervalo, Eduardo abriu o placar para o time da casa aos 13 minutos. Usando bem as alterações e neutralizando as jogadas do Nacional pela ponta-esquerda, o Operário começou a sobrar fisicamente em campo e virou o marcador, primeiro com gol de Vítor aos 27 minutos e logo depois de Léo aos 29.
O terceiro gol da partida acabou sendo fruto da pressa do Nacional em buscar o empate. O goleiro da equipe da casa saiu jogando errado ao querer ter velocidade na cobrança de impedimento. A bola acabou caindo nos pés de Ramires, o principal armador do Operário Pilarzinho e que vinha sendo o melhor em campo na segunda etapa. O camisa dez não perdoou e fechou o marcador aos 41 minutos, isto é, nos acréscimos (lembramos os não iniciados que os jogos juvenis da Suburbana são disputados em dois tempos de 40 minutos).
O resultado fez o Operário Pilarzinho se manter na sexta colocação, agora com 11 pontos. O Nacional caiu para a oitava posição com oito pontos, ambos na zona de classificação.
Ficha Técnica:
Nacional 3 x 3 Operário Pilarzinho
Nacional: Ricardo; Bruno, Evandro, Luciano e Thiago Coutinho (Vinícius); Luiz Fernando, Jefinho (Flavinho), Guilherme Barney e Juninho (Bruno Antunes); Pablo (Carlos Eduardo) e Diego Oliveira. Técnico: Alemão.
Operário Pilarzinho: Evandro; Cadu (Wá), William Maluco (Bruno), Rodrigão e Cristian Neguinho (Cainan); Kelvin, Robson Baroni, Joãozinho Madureira e Rodriguinho (Braian); Erlon e Adriano Sagui. Técnico: Peterson Freitas.
Arbitragem: Cristiano Antônio Teixeira, Eduardo Luis Teixeira Furiatti e Alisson Alceu Lovato.
Gols: Bruno (NAC, aos 33’/1.º), Guilherme Barney (NAC, aos 35’/1.°), Jefinho (NAC, aos 38’/1.º), Robson Baroni (OPP, aos 41’/1.º), Cainan (OPP, aos 38’/2.º), Joãozinho Madureira (OPP, aos 48’/2.º).
Cartões Amarelos: Thiago Coutinho, Carlos Eduardo, Flavinho (NAC); William Maluco, Erlon, Bruno e Wá (OPP).