Hoje, no Futebol Metrópole, na quinta parte do nosso Guia das Cidades do Paranaense 2015, Rolândia, cidade do norte do Paraná cujo time, o Nacional, tem extrema importância para a história do futebol paranaense e está de volta após alguns anos na Segundona.
Rolândia, segundo o Censo de 2010 do IBGE, tem 57.870 habitante. A cidade faz parte da Região Metropolitana de Londrina. e foi fundada em 30 de dezembro de 1943, emancipada de Londrina, fazendo parte do processo de colonização do Norte Novo (para os não paranaenses, o norte do Paraná se divide em três partes do Leste para o Oeste: o Norte Pioneiro, região de Jacarezinho, Cambará e Bandeirantes, colonizado ainda no século XIX; o Norte Novo, região de Londrina, colonizado a partir do começo do século XX com a expansão do café; e o Norte Novíssimo, que começa em Maringá e abrange cidades desde a metade do Século XX até os anos 60 e 70, fronteira agrícola para o Oeste). A primeira construção da cidade é de 1934, anos antes da emancipação. A ocupação da cidade, como muitas da região, foi por meio de empresas colonizadoras, no caso a Companhia de Terras Norte do Paraná.
O nome Rolândia vem de Roland, lendário guerreiro germânico, numa alusão à grande quantidade de imigrantes e descendentes de alemães que a cidade recebeu em sua fundação. Se no começo a força econômica da cidade estava nos cafezais, agora se diversifica entre a soja, o milho, o trigo, a cana-de-açúcar e a laranja. A cidade possui indústrias alimentícias ligadas à pecuária e avicultura.
Estádio notável
Inaugurado em julho de 1951, o Erich Georg foi construído pelo Nacional de Rolândia, mas, por dívidas do dono do terreno, acabou sendo repassado à Prefeitura. O nome do estádio homenageia um ex-dirigente do NAC. A capacidade original do estádio é de 7 mil, que é o recorde de público registrado em 2000 em um duelo entre o próprio NAC e a Portuguesa Londrinense. Porém, segundo o cadastro da CBF, tem liberados 2,2 mil lugares.
O time da cidade
O Nacional Atlético Clube foi o primeiro clube a ser fundado no Norte do Paraná, em 28 de abril de 1947. o NAC, ou Guerreiro do Norte, conquistou o Paranaense da Zona Norte em 1951, época em que o campeonato era disputado por região para a aí ter uma final. A questão era logística, pois o acesso asfaltado entre a capital e o Norte só veio surgir nos anos 60. O pioneirismo do Nacional rendeu um “filho”. Como Rolândia se emancipou de Londrina em 1943, o time atraía torcidas das cidades vizinhas. Em um amistoso em 1956, o NAC bateu o Vasco por 3 a 2 e isso inspirou os londrinenses a fundarem o Londrina, atual campeão paranaense. A ligação entre os times está até nas cores, o branco e a azul celeste.
O Nacional não apresentou nomes de grande impacto, apostando em um elenco coeso e sem grandes estrelas. Os dois destaques da equipe estão no ataque. Um deles é natural da cidade: Tcharlles, de 22 anos. Outro, teve passagem pelo Santos e pelo Flamengo: Diogo Oliveira, de 31 anos.
Se o Nacional deu a ideia e as cores para o Londrina, o mesmo pode dizer de ceder uma lenda. O meia-esquerda Gaúchinho, nascido Antero Bombassaro, defendeu o Nacional. Goleador, ficou na equipe de 1954 a 1961, quando foi para o Londrina, virando também ídolo e maior artilheiro da história do Tubarão.
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