Este texto é bastante recente. É de março deste ano no meu velho blog de generalidades que é atualizado praticamente de forma mensal. É uma sugestão de funcionamento para as competições nacionais. O original está aqui neste endereço e o fato de ter soltado alguns posts de esportes me ajudaram a convencer que era hora de abrir o Futebol Metrópole.
Sugestão diferente de formato para o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil
Publicado em 30 de março de 2014 por Leonardo Bonassoli
Talvez com algum atraso, pois a discussão já avançou com direito ao Bom Senso FC apresentando uma proposta que joga os estaduais para o meio do ano e com menos datas, eu apresento uma sugestão de formato para o Campeonato Brasileiro e também para a Copa do Brasil.
Como já deram ideia com o Estadual mantido, eu darei uma sem estaduais e depois falarei como seria o percurso de um time de Curitiba recém-fundado até a elite, segundo este modelo.
Primeiro, o mais simples, a Copa do Brasil. No novo formato, qualquer time que disputasse uma divisão nacional de qualquer nível homologada poderia participar. Ela começaria em fevereiro e terminaria em novembro, com os times entrando conforme a divisão que estão. Por questões de calendário, ela teria um limite pré-definido de vagas, dando preferência a quem tem maior divisão na temporada, depois seguido de quem tem menos clubes na cidade disputando, porém pelo formato, este limite seria alto. A CBF bancaria os deslocamentos e hospedagem dos times e teria sorteio puro. Nas primeiras fases, jogariam os times de divisões menores em jogo único, com mando sorteado, inclusive. Pelos cálculos que fiz um pouco de cabeça, os times da Série A só entrariam ali pela fase 32 avos de final. Ida e volta? Só a partir das quartas de final, o que significa que um time de Série A só faria sete jogos na Copa do Brasil para ser campeão, o que é um alívio para quem joga Libertadores ou Sul-Americana.
Mais necessário de explanação é o sistema de Campeonato Brasileiro, que adotaria a pirâmide, que não tem nada a ver com o Esquema Ponzi. Só que a pirâmide incluiria os times amadores e as ligas disputadas por eles. Nas divisões mais baixas, os clubes não seriam obrigados a inscrever jogadores com contratos profissionais, mas se algum clube quiser, ele pode, assim como clubes com elencos mesclando profissionais e amadores. Se um clube amador conquistar o acesso para uma divisão que o obrigue a ser profissional, ele teria duas escolhas: vira profissional ou recusa o acesso, passando a opção da vaga para o time seguinte. Caso todos os times que não caíram para a divisão logo abaixo recusarem acesso, a preferência da vaga irá para o primeiro rebaixado e assim por diante, até as vagas serem preenchidas.
Da Série C para baixo, todas as divisões seriam regionalizadas, com a regionalização aumentando a cada nível. Uma Liga de Clubes seria ideal para administrar cada conjunto de níveis, mas em caso de ausência, a CBF cuidaria até o nível em que mais de um estado é envolvido e as Federações Estaduais e Ligas Amadoras nos níveis dentro de sua jurisdição. Porém, as chancelas serão necessárias para definir para onde cada divisão dá seu acesso. Os campeonatos, por grupo, teriam entre 10 e 22 equipes, conforme logística e presença de clubes.
O lado ruim é que rivais locais poderão ficar anos sem se enfrentar por ficar em divisões diferentes e o caminho para um time chegar à elite nacional com acessos seguidos ficará mais longo. O lado bom é que o sistema evitaria alguns aventureiros e daria mais consistência aos clubes novos, que não precisariam de tanto investimento no começo. Além disso, clubes mais estruturados poderiam ter seus times B ou até C em divisões inferiores, com a devida regulamentação para que não se reforcem com jogadores do time de cima em jogos decisivos (limitar número de jogadores com jogos pelo time principal em um x tempo, por exemplo).
Simulando o caminho de um time curitibano
A divisão mais baixa para quem começa em Curitiba seria a Suburbana B, atualmente equivalendo à Segundona da Suburbana, o Amador da Capital. A divisão não obrigaria a ser profissional.
Logo acima, teria a Suburbana A, equivalente à primeira divisão do Amador da Capital, mas sem os times top, que teriam subido de divisão. Esta também não obrigaria a ser profissional.
A divisão acima poderia ser chamada de Paranaense D Leste. Seria um recorte de como era a Copa Paraná amadora de antigamente, mas só com os times principais das ligas da Capital, Região Metropolitana e Litoral. Também não obrigaria a ser profissional.
Acima desta teria uma divisão que poderia ser chamada de Paranaense C Leste. Ainda não teria obrigatoriedade de profissionalismo e teria uma mescla de times da Terceirona Estadual e tops do Amador do Leste do Estado, incluindo Campos Gerais e Sul do Paraná até União da Vitória.
A divisão que vem a seguir é a mais baixa a ter obrigatoriedade de profissionalismo, seria a Paranaense B. Seria uma mescla de Segundona com Terceirona Paranaense, pois os principais times teriam subido.
Logo acima, a Paranaense A, uma mistura de Segundona Paranaense com o Paranaense atual na composição dos times. É o último degrau antes das divisões nacionais.
A divisão nacional acima é a Série E, com um grupo regionalizado com times do Paraná, parte de Santa Catarina e parte de São Paulo e parte de Mato Grosso do Sul.
Ela dá acesso a um grupo da Série D que aí é uma mescla desta região com uma outra que pega o resto de SC que ficou de fora e o Rio Grande do Sul. Seria um total de oito grupos.
A Série C, por sua vez, teria dois grupos regionais com 20 times cada. No caso do time imaginário de Curitiba, seria a C Chave Sul, que pegaria Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.
Acima desta, teria teríamos a Série B e a Série A em seus formatos atuais. Num total de 11 níveis para um clube recém-fundado jogar.
E aí? Dúvidas? Sugestões?
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