Guia: As duas principais divisões do Paranaense de A a Z

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Nesta quarta-feira, a bola começará a rolar pela 1.ª Divisão do Campeonato Paranaense. Ano de Copa do Mundo espreme o calendário no para o meio de janeiro, diferente dos últimos anos em que começava na virada para fevereiro. São 12 times na elite.

Já a Segundona, valendo duas vagas para a elite e rebaixando duas para a Terceirona, tem seu pontapé inicial no dia 10 de fevereiro.

Sim. Mais uma vez, como fizemos em 2016, as duas divisões estão juntas no mesmo Guia. Este ano em forma de glossário. De A a Z. Confira.

A

ACP – Ver Paranavaí

Andraus – Time da cidade de Campo Largo, disputa a Segundona mais uma vez. Sua equipe é geralmente formada por jovens atletas. O nome do clube tem relação com seu proprietário, o empresário Nadim Andraus.

Atlético – Um dos dois times paranaense na Série A do Brasileiro de 2018, o Furacão usará uma espécie de time de aspirantes no Paranaense. A equipe será uma mescla de jovens com alguns atletas experientes que tentam conquistar ou reconquistar espaço no clube. O Atlético foi o único time a não aceitar o contrato com a televisão.

B

Batel – A desistência do J. Malucelli, que disputaria a Segundona, promoveu o Batel. O Rubro-Negro de Guarapuava, que já disputou a elite paranaense, jogará a 2.ª Divisão nesta temporada após ter sido o terceiro colocado da Terceirona.

Bola – Para alguns, maltratada no Estadual. Para outros, a chance da vida. Dizem que até levou tiro certa vez de um dirigente. O objetivo de todos os times será colocá-la dentro do gol e evitar que a coloquem dentro do seu.

C

Cascavel – A cidade do Oeste do estado tem a proeza de ter dois times com o mesmo nome, mas com diferentes razões sociais: o FC Cascavel e o Cascavel CR.

Cascavel CR – É o mais antigo dos atuais times da Cidade da Cobra. Jogará a 2.ª Divisão.

Cascavel, FC – O FC Cascavel é ligeiramente mais jovem que seu irmão e vem sobrevivendo na 1.ª Divisão com campanhas expressivas.

Cianorte – O Leão do Ivaí é um dos times que mais investiu para a 1.ª Divisão. Pudera, a boa campanha do ano passado garantiu calendário para a equipe, que jogará a Série D e a Copa do Brasil. Léo Gago volta ao clube, que tem como grande reforço midiático o multicampeão volante Richarlyson, com passagem pela seleção brasileira.

Coritiba – Atual campeão, o Coritiba caiu no futebol nacional para a Série B. Com isso, reformulou sua equipe, que deverá ter presença maior de jovens vindos das categorias de base, curiosamente vice-campeãs nacionais Sub-20.

D

Decisões – O regulamento novo da 1.ª Divisão cria a presença de mais decisões. Estão garantidas as finais da 1.ª Taça e da 2.ª Taça. Caso tenhamos campeões diferentes das duas taças, teremos a decisão do campeonato. Na 2.ª Divisão, mantém-se uma decisão. Veja Fórmula de disputa.

E

Estradinha – Tradicional alçapão do Rio Branco, em Paranaguá, será usado pelo segundo ano seguido após reforma.

F

Fórmula de disputa – Na 1.ª Divisão, os times são divididos em dois grupos (A: Coritiba, Cianorte, Paraná, FC Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá; B: Atlético, Londrina, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e União Fco. Beltrão). Na 1.ª Taça, os times de um grupo enfrentam os do outro. Os dois melhores de cada grupo jogam a semifinal com cruzamento olímpico e depois a final da Taça. Na 2.ª Taça, jogam dentro dos grupos e a classificação para as semifinais é do mesmo modo. Se um mesmo time vencer as duas taças, é campeão. Caso contrário, há uma final com os dois vencedores. Os dois últimos na classificação geral são rebaixados. Na 2.ª divisão, as coisas são ligeiramente mais simples, com os times jogando turno único entre si. Os oito primeiros não para a Segunda Fase e os dois últimos caem. Na segunda fase, são dois grupos com quatro equipes jogando em turno e returno. Os campeões de cada grupo sobem e jogam a decisão.

Foz do Iguaçu – O Azulão da Fronteira disputa mais uma vez a 1.ª Divisão do Estadual. Manteve-se por algumas temporadas com orçamentos curtos e bom custo/benefício.

G

Grêmio Maringá – Não, não estará nas duas primeiras divisões. O tradicional Galo Guerreiro caiu para a Terceirona no ano que passou.

H

Homenagens – Até o instante que este guia é escrito, ninguém ou nenhum local foi homenageado com o nome de uma das taças dos dois turnos da 1.ª Divisão. Fiquemos no aguardo.

I

Independente São-Joseense – O time de São José dos Pinhais, maior cidade da Região Metropolitana, conquistou acesso e título na Terceirona já em sua segunda participação. Com isso, estreará na Segundona, quem sabe sonhando com a elite em 2019.

Iraty – Time que já esteve na elite estadual e licenciou-se após cair, está na 2.ª Divisão, alguns anos depois do retorno, entre os cotados a subir.

J

J. Malucelli – Após rebaixamento no tapetão, devido ao imbróglio do Caso Getterson no ano passado, o J. Malucelli Futebol anunciou seu fechamento. A consequência prática dentro de campo foi a subida do Batel.

K

Kaloré – A única cidade do Brasil com K fica no Paraná. Isso funciona mais como curiosidade, pois nunca um time da cidade esteve no profissionalismo.

Kléber Gladiador – Bi-artilheiro do Paranaense (2016, 2017), o atacante segue no Coritiba. Se for artilheiro mais uma vez, será o terceiro jogador da história a ser tri-artilheiro do Paranaense. Os outros dois foram Neno, do Coritiba, que tem quatro artilharias seguidas (1941-1944) e o também lendário Joaquim Martín, do Britânia, este o maior artilheiro consecutivo do Paranaense com cinco anos seguidos (1918-1922).

L

Londrina – O Tubarão começa neste ano um novo ciclo. Após meia década de uma vitoriosa passagem do técnico Cláudio Tencatti, Ricardinho assumiu a equipe, que tem brigado frequentemente por coisas grandes no Estadual, teve a Primeira Liga como título na temporada passada, e ficou perto de uma vaga na Série A. Está também na Copa do Brasil.

M

Maringá – O Maringá terá uma temporada repleta neste ano. A Zebra contratou o centroavante Bruno Batata, artilheiro da Suburbana pelo Trieste, e encarará, além do Estadual, a Série D do Brasileirão. A equipe veio da 2.ª Divisão e venceu a Taça FPF com seu time Sub-23.

N

Nacionais, Competições – Os seguintes times paranaenses jogarão as competições nacionais: Série A: Atlético, Paraná; Série B: Coritiba, Londrina; Série C: Operário; Série D: Cianorte, Prudentópolis, Maringá; Copa do Brasil: Coritiba, Atlético, Paraná, Londrina e Cianorte.

O

Operário – O campeão da Série D viverá uma temporada curiosa. Terá calendário garantido ao disputar a Série C. No entanto, acabou não conseguindo voltar à elite estadual, tendo de disputar a Segundona do Paranaense. No certame estadual da 2.ª Divisão, desponta mais uma vez como favorito.

P

Paraná – O Tricolor conseguiu, depois de dez anos, voltar à elite do Brasileirão. Os investimentos para este ano são bem pé no chão, mas o Tricolor conseguiu manter boa parte da espinha dorsal do time do acesso e deve ser forte candidato ao título estadual.

Paranavaí – O Vermelhinho do Fim da Linha segue na Segundona, em parte pelas sequelas dos anos de Supermando, desastrosos para o clube que foi o oitavo duas vezes seguidas.

Portuguesa Londrinense – A Lusinha de Londrina vai para mais uma temporada na 2.ª Divisão. Será que surpreende e volta à elite neste ano?

Prudentópolis – O time das terras das cachoeiras é mais um premiado com Série D após boa temporada no ano passado. Será que repete?

PSTC – O time de Cornélio Procópio caiu na última temporada e tentará se reerguer nesta 2.ª Divisão com a mesma fórmula de mesclar jovens com algum jogador prata da casa que retornou.

Q

Quantidade de inscritos – A 1.ª Divisão tem limite de inscritos por time: 30 atletas, podendo fazer cinco alterações durante o certame.

R

Rio Branco – O Leão da Estradinha, fora a dupla Atletiba, é o time há mais tempo seguido na elite estadual. Será que briga por mais neste ano além da briga contra a degola?

Rolândia EC – Em seu ano de reativação, o REC foi vice da Terceirona e conquistou o acesso. Será que consegue o segundo acesso consecutivo?

S

Sudoeste – Após 12 anos de ausência, a região terá representante na elite. Veja União Fco. Beltrão.

T

Televisionamento – O Campeonato Paranaense terá seus jogos apenas em televisão aberta neste ano. O Atlético não aceitou a proposta de R$ 600 mil, bastante abaixo que times de divisões inferiores de campeonatos como o Mineiro e o Gaúcho recebem, pelos direitos de transmissão e mais uma vez não assinou. Caso o Furacão chegue às decisões sendo o único jogo da rodada, provavelmente teremos o Paulistão na televisão naquele dia.

TJD – Foi protagonista ano passado nas três divisões do Paranaense, com influências diretas e indiretas nos resultados. Na primeira, o Caso Getterson decretou o rebaixamento do J. Malucelli, mudou adversário do Londrina e bagunçou todo o chaveamento do Estadual. Na Segundona, uma denúncia de provável jogador irregular na Portuguesa Londrinense, que foi absolvida, paralisou o campeonato e, depois da retomada, obrigou o Operário a se dividir entre a disputa e a Série D do Brasileirão, fracassando no Estadual e depois logrando sucesso no Nacional. Na Terceirona, indefinições sobre as condições legais de algumas equipes adiaram o início da competição.

Toledo – O Porco jogará mais uma ver a elite paranaense. A grande atração está no banco de reservas, onde o ex-meia Paulo Baier faz sua estreia como treinador.

U

União Fco. Beltrão – O Sudoeste volta a ter um representante na elite do Paranaense após a queda do Francisco Beltrão em 2006. O União, por sua vez, volta à elite após 38 anos. Sim, é o mesmo clube que disputou a 1.ª Divisão Paranaense em 1980 pela última vez.

V

Vitória – Vale três pontos.

W

Wenceslau Braz – A cidade com W fica no Norte Pioneiro. É só um lembrete da ausência da região na disputa, pois não tivemos times desta cidade na elite até hoje.

X

Xambrê – A cidade com X é vizinha de Umuarama. Colocamos neste guia para lembrar que Umuarama também anda ausente do Paranaense.

Y

Y – Tabu estranho. É raro jogador com Y. Nunca um deles foi artilheiro do Paranaense.

Z

Zé Roberto – O temperamental atacante Zé Roberto, conhecido como Gazela, defendeu Atlético e Coritiba no futebol paranaense, conseguindo a proeza de ser ídolo dos dois entre os anos 60 e 70, sendo para muitos o maior jogador a jogar no estado. Foi artilheiro pelo Furacão em 1968 e pelo Coxa em 1973. Morreu em maio de 2016. Poderia ser um dos homenageados com nome de uma das Taças. Por que não?

 

Update: Em tempo, na tarde em que este post foi publicado, definiu-se a 1.ª Taça com o nome de Dionísio Filho e a 2.ª Taça com nome de Caio Júnior. Excelentes escolhas, por sinal.

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