Hoje no Futebol Metrópole, na sexta parte do Guia das Cidades do Paranaense 2015, Londrina, a maior cidade do interior e terra do Londrina, atual campeão estadual e time que mais evoluiu na última temporada, conseguindo um acesso para a Série C do Brasileirão.
Fundada em 10 de dezembro de 1934, portanto com 80 anos recém-completados, Londrina tem, segundo projeção de 2014 do IBGE, 543.003 habitantes, o que faz que seja a segunda maior cidade do Paraná e quarta maior da Região Sul. Faz parte da expansão do ciclo do café e isso fez ganhar o título de Capital Mundial do Café. A cidade fazia parte de Jataizinho até sua emancipação e o impulso para a colonização foi dado pela Companhia de Terras Norte do Paraná.
O nome Londrina tem alusão a ingleses que trabalharam na colonização e tem como significado “Pequena Londres”. A cidade passou por dificuldades econômicas, assim como toda região, após a Geada Negra de 1975, que dizimou a cultura cafeeira. Por outro lado, fez se diversificar, sendo polo universitário, de serviços, de indústria, especialmente a agroindústria ligada à soja e a pecuária.
Estádios notáveis
Antigo Estádio Municipal, foi construído em 1947. Chegou a ter 18 mil pessoas, mas a capacidade atual é de 10 mil pessoas. Desde 1990 passou a ser do Londrina por meio de um contrato de arrendamento. É um estádio extremamente central. Por problemas de infraestrutura , não é usado há alguns anos em jogos profissionais. Com reformas, pode virar alternativa para o Londrina mandar jogos que não tenham expectativa de público acima da capacidade dele.
Construído às pressas entre 1974 e 1976 para que o Londrina tivesse um estádio para jogar a elite do Campeonato Brasileiro, o Estádio do Café tem capacidade atual para 36 mil torcedores, mas já recebeu mais de 54 mil em seu recorde de público. Feito em formato de ferradura, tem visão para o Centro da cidade. Fica ao lado do Autódromo Ayrton Senna. O primeiro gol do estádio foi de Paraná, que jogou a Copa de 1966 e estava no Londrina. Júnior fez o segundo gol do estádio, sacramentando o empate entre Londrina e Flamengo na inauguração do campo. A seleção brasileira jogou o Pré-Olímpico de 2000 no Estádio do Café.
O time da cidade
O Londrina foi fundado em 5 de abril de 1956, inspirado pelo Nacional da vizinha Rolândia. Surgido de forma avassaladora no cenário paranaense, ganhou logo a alcunha de Caçula Gigante, vencendo o Paranaense de 1962. Em 1977, surpreendeu o futebol brasileiro, sendo o terceiro colocado no Brasileirão. Como passava nos cinemas na época, o time, por causa da maneira sorrateira que chegava e destroçava os adversários, ganhou o apelido de Tubarão, que se mantém até hoje e virou mascote do clube. O Tubarão ganhou também a Série B de 1980 e mais três Paranaenses, o de 1981, 1992 e 2014. O ano de 2014 foi realmente mágico para o Alviceleste, que conseguiu também o acesso para a Série C ao ser terceiro colocado da Série D. Antes que alguém pergunte, sim, é um ramo de café no escudo do time.
O Londrina aposta na força do conjunto para tentar um inédito bicampeonato paranaense. Sem Joel, vendido ao Cruzeiro após boa passagem por empréstimo ao Coritiba, outro africano estará no ataque, o nigeriano Henry Kanu. No meio, Germano volta de empréstimo ao Coritiba. Seguem como destaques também o zagueiro Dirceu, capitão da equipe, e o meia Celsinho, que era conhecido como o Ronaldinho Gaúcho do Canindé quando surgiu na Portuguesa.
A região de Londrina é um celeiro de grandes jogadores, mas curiosamente nem todos as lendas do clube começaram no LEC. Vindo de Santa Catarina, o goleiro Ado, reserva de Félix na Copa de 70, fez suas primeiras defesas pelo Tubarão. Outro grande ídolo é Gauchinho, maior artilheiro da história do clube, com 217 gols. Carlos Alberto Garcia veio do Vasco e virou ídolo na cidade. O atacante, conhecido como O Bem Amado, foi o craque do time nas boas campanhas do fim dos anos 70 e começo dos 80. Um grande jogador surgido na cidade de terra vermelha foi Élber, que depois fez sucesso no Bayern e teve passagens pela seleção. Ainda se destacam o atacante Aléssio, auxiliar técnico do treinador Cláudio Tencati, o Ferguson Pé Vermelho, e o meia Tadeu, pai do atacante Diego Tardelli.
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