Ídolo do Coritiba do fim dos anos 90, o atacante Cléber Arado, mora perto do Couto Pereira por vontade própria para acompanhar de perto o time em que se identificou mais durante a carreira e virou torcedor. No último domingo (30), esteve, no entanto, acompanhando uma partida de outras equipes, Andraus e Pato Branco, pela decisão da Terceirona Paranaense, no Ecoestádio. Pouco antes da partida, conversou com a reportagem do Futebol Metrópole, inclusive sobre a situação do Alviverde no Brasileirão, que naquele momento estava praticamente definida com a salvação do rebaixamento.
“Hoje feliz de se manter na primeira divisão, mas um pouco entristecido pelas duas últimas campanhas. Ano que vem temos de melhorar após dois exemplos negativos. Aprendemos para poder voltar a ser o Coritiba da minha época, que buscar vagas, como foi em 1998 até aquele jogo fatídico contra a Portuguesa”, relembrou o ex-atacante. Naquela oportunidade, o Coritiba foi o terceiro colocado da fase de classificação do Brasileirão, mas caiu nas quartas de final do playoff ao perder no Canindé na primeira partida e parar em dois empates nos jogos seguintes no Couto Pereira.
Aquela derrota ecoa até hoje pelas vizinhanças do Alto da Glória, mas serviu de base para o fim de um jejum no ano seguinte, o Campeonato Paranaense, que o Coxa não levantava desde 1989. “Tive uns 80 jogos pelo Coritiba e 48 gols, uma média boa. Mais inesquecíveis foram as finais de 99. A vitória no primeiro jogo e o empate na segunda final e um título cercado de expectativas. Sobre gols bonitos, no Brasileiro de 1998 fiz um contra o Vasco que foi eleito um dos dez mais bonitos da competição”, afirmou o ex-atleta de 42 anos.
Após encerrar a carreira aos 33 anos por problemas no joelho, Cléber Arado manteve-se parcialmente ligado ao futebol. “Estou no meio do futebol, mas também em outro ramo, construção, virei construtor. Estou há três anos e é bem rentável. A partir do momento que começa a entender, toma-se gosto pela situação. Paralelamente faço algumas negociações de jogadores, principalmente em países onde joguei: México, Japão , Espanha. Sempre que vem algum jogador diferenciado, a gente indica”, explicou.
No Ecoestádio, os olhares do antigo dono da 9 coxa-branca estavam direcionados para um camisa 5 de camisa verde, branca e vermelha. “Eu tenho parceria com amigo meu, de São Paulo, o Gaúcho, que detém o passe de um volante do Pato Branco, o James. Estamos analisando mandar futebol espanhol. Observamos em Pato Branco e gostei muito do que vi. Vou analisar para ver se tem condições”, concluiu o centroavante que também defendeu clubes como Portuguesa, Mogi-Mirim, Guarani, Avaí e Mérida-ESP.