No nosso encerramento de ano, vamos fazer uma Retroperspectiva em quatro partes. Mas o que é Retroperspectiva? É um resumo do ano passado, retrospectiva, e uma pincelada sobre possibilidades para o futuro, perspectiva. Neste primeiro capítulo, o futebol profissional no DDD 41 (Curitiba, Região Metropolitana e Litoral), com os clubes dispostos por ordem de fundação.
Coritiba: um quase bom e um quase ruim
O ano de 2015 deixou o Coritiba perto de duas marcas. O ruim é que ficou no vice-campeonato paranaense. O bom é que se livrou do rebaixamento no Brasileiro, mesmo que tenha sido na última rodada. Foi um ano que se repetiram alguns erros dos anos anteriores com algumas contratações caras e desnecessárias, além de bastidores efervescentes.
A primeira contratação para 2016 é uma boa: Ceará, ex-lateral do Cruzeiro e que despontou para o futebol no próprio Coxa. Resta saber se o time seguirá brigando por títulos no regional e deixará de dar sustos em seu torcedor no nacional, pois esse negócio de sempre lutar contra a degola é perigoso e nem sempre pode-se se salvar.
Rio Branco: imortalidade à prova
Em 2015, o Rio Branco teve mais uma de suas temporadas típicas desde que trocou o mando de jogo na Estradinha pelo Gigante do Itiberê: um quase rebaixamento com salvação na bacia das almas, neste caso o torneio da morte. De olho em ser como 2014 (fez um bom Estadual), o Leão da Estradinha já começou a se mexer trazendo o ícone Ratinho (estava no Remo). É um bom ponto de partida um jogador identificado com o clube.
Atlético: o ano do futebol é sempre o ano que vem?
É costume neste últimos anos que a diretoria do Atlético sempre diz que o tal do “Ano do Futebol” é o seguinte. E pelo jeito não foi 2015, com o time brigando para não cair no Estadual, indo mal na Copa do Brasil e decepcionando na Sul-Americana. O mais positivo foi o Brasileirão, em que conseguiu uma posição tranquila no meio da tabela, a despeito dos prognósticos de briga com a degola, com direito a frequentar o G4 por um tempo. Outro aspecto positivo foi a grande adesão de sócios nas eleições do clube. Resta saber se 2016 será realmente o “Ano do Futebol” ou será uma promessa que ficará para 2017.
Paraná: lado de fora reflete dentro
O lado de fora de campo refletiu dentro no Paraná. Toda a turbulência que resultou na renúncia de Rubens Bohlen pode ser refletida na campanha irregular no Paranaense, em que foi eliminado pelo campeão Operário. Passado o processo, teve diretor dizendo que o clube subiria com três rodadas de antecipação. O que aconteceu foi um time brigando para não cair até perto desse deadline. Com nova diretoria eleita, espera-se criatividade para receitas e reforma da equipe e pelo menos o mínimo de calmaria administrativa para um ano com menos sustos para a torcida.
J. Malucelli: outro ano qualquer?
O J. Malucelli montou uma equipe competitiva para o Estadual em 2015 e chegou perto das semifinais. Sempre vem a dúvida de quando que voltará às competições nacionais e principalmente se as disputará. O time de 2016 com certeza terá algumas caras conhecidas e deverá dar algum trabalho aos adversários. O passo adiante é que é uma incógnita.
Andraus: sobe, desce ou fica
O ano de 2015 foi um ano de afirmação para o Andraus na Segundona. Não voltando para a Terceira e jogando o ano inteiro (participou da Copa FPF), a missão foi cumprida. Resta saber se será apenas um figurante na Segundona ou se tem potencial para seguir os passos do PSTC (ambos surgiram como clubes focados em categorias de base) e pintar na elite estadual.