Santa Quitéria inicia defesa de título goleando Imperial

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Jogadores do Santa Quitéria comemoram o primeiro gol marcado por Ratinho: vantagem confortável foi construída na primeira etapa
Jogadores do Santa Quitéria comemoram o primeiro gol marcado por Ratinho: vantagem confortável foi construída na primeira etapa

O começo da defesa do título da Suburbana não poderia começar de melhor maneira para o Santa Quitéria. A equipe auriverde largou na competição de 2016 com uma expressiva goleada de 5 a 1 sobre o Imperial, na tarde deste sábado (23), no Manoel Gustavo Schier, onde mandou o jogo por motivo de interdição do Maurício Fruet. Ratinho e Lito foram os destaques da partida, marcando dois gols cada. Massai também marcou para o Quitéria, enquanto que Dênis fez o gol de honra do Imperial.

Na próxima rodada, próximo sábado (30), o Santa Quitéria volta à sua casa de fato, o Maurício Fruet, recebendo o Nacional. Já o Imperial joga mais uma fora, desta vez no Bôrtolo Gava, contra o Operário Pilarzinho. Os juvenis entram em campo às 13h30 e os adultos às 15h30.

O jogo

O Santa Quitéria começou dominando as ações. O time mandante controlava o jogo pelo meio com o tridente formado por Orlei, Massai e Ratinho e pelos lados com boas atuações dos laterais Lito e Marabá. O gol não tardou a sair. Aos 15 minutos, a bola foi cruzada na área e Ratinho apareceu como elemento surpresa se antecipando ao goleiro Júlio.

O Imperial, que veio com um time jovem e sem sete titulares que não saíram no BID, sentiu o baque. Aos 22 minutos, uma bola recuada para o goleiro Júlio virou gol. Usando de sua experiência, Ratinho pressionou o goleiro, que chutou a bola em cima do ídolo riobranquista. Segundo gol do ex-meia do Remo em sete minutos.

Bastou mais dez minutos, aos 32 minutos, para o Santa Quitéria ampliar. Nova bola cruzada na área e quem apareceu como elemento surpresa para cabecear foi Massai.

Sem passar por sufoco algum até então, o Santa Quitéria aumentou o placar aos 42 minutos. O lateral-direito Lito acertou um belo chute de fora da área no ângulo esquerdo do goleiro Júlio. Golaço indefensável.

Com a vantagem elástica no placar, o técnico Valmir Constantino mexeu três vezes já no intervalo colocando Diego, Baloy e Dinda, poupando o zagueiro Jair, que tinha cartão amarelo, e mudando a característica do ataque ao sacar Robson e Alan.

O Santa Quitéria diminuiu o ritmo nos primeiros minutos da etapa final e passou a investir mais na bola aérea. Foi em uma dessas jogadas que saiu o quinto gol. Aos 20 minutos, Dinda desviou bola de cabeça na área e Lito teve o trabalho de empurrar para dentro.

O jogo ficou mais aberto, com o Imperial indo atrás do gol de honra e com o Santa Quitéria perdendo oportunidades de fazer o sexto. A primeira hipótese, a do gol de honra, confirmou-se em grande estilo. Aos 39 minutos, Dênis recebeu pela esquerda e teve categoria suficiente para perceber a saída de Jonas e tocar por cobertura, fazendo um belo gol e fechando o placar.

Constantino afirma não se iludir com resultado

Após o jogo, o técnico do Santa Quitéria, Valmir Constantino, adotou um discurso cauteloso apesar da goleada. “O resultado se tornou elástico, até meio tranquilo, porque fomos três vezes rápido ao ataque e fizemos três gols. Depois coloquei jogadores que não treinamos coletivamente, pois nosso campo está interditado, e tivemos erros de posicionamento. Depois, assentamos e tivemos oportunidades claras que vou cobrar depois. Não me iludo com este resultado. Gostei de alguma coisas de parte tática, envolvimento e transição, mas placar deste não existe no amador, geralmente mais justo”, afirmou Constantino.

A formação da equipe do Santa Quitéria é ambiciosa, porém o novo regulamento deixou o treinador insatisfeito. “Este time está sendo preparado para chegar às finais, mas este regulamento novo é uma porcaria de trazer a mesma fórmula do Paranaense  para o Amador. O time pode ir bem na primeira fase e depois perder um jogo e cair fora. Eu, Valmir Constantino, prefiro a fórmula antiga”, lamentou.

Se agora treina um dos favoritos, Valmir Constantino teve na temporada passada no comando de outra equipe que começou defendendo o título, o Nova Orleans. No caso, a situação era bem diferente, pois o técnico assumiu a equipe na segunda metade da Primeira Fase tendo de lidar com a briga contra a degola. “São duas coisas bem distintas. Ano passado, com o Orleans, era quatro ou cinco jogos faltando e tabela desfavorável. Quase só jogos contra equipes de cima da tabela, com plantel abatido. Mas deu na gota e conseguimos livrar. Já tinha experiência tinha de ter salvado o Nova Orleans em duas vezes antes. Agora num elenco mais rodado é outra pressão, até mais gostosa. Como treinador, tive privilégio de estar dos dois lados. Quando se passa por ambas, fica uma pessoa pronta”, concluiu.

Desfalque de si mesmo, Pastor Serafim confia em reação nas próximas partidas

Do lado do Imperial, ficou a análise do treinador Pastor Serafim de que os vários desfalques, sete deles titulares, atrapalharam na estreia. “Estive sem sete titulares, praticamente um time reserva. Em três erros fatais, eles abriram 3 a 0 e tiveram domínio. O time deles [Santa Quitéria] é muito entrosado e competente”, disse o técnico após a partida.

Entre os desfalques titulares, os atacantes Jailton, que não obteve liberação do emprego, e Adriano Marmita, que não saiu do BID, contaram como baixas. Entre os não titulares, o técnico Pastor Serafim não pôde contar com o zagueiro… Pastor Serafim. Isso mesmo, o treinador não saiu no BID, deixando a equipe sem uma opção defensiva caso houvesse a necessidade.

Goleada a parte, o treinador confia que a equipe vá brigar por uma classificação para a próxima fase. “Vamos virar isso. Nós vamos passar de fase e vamos incomodar”, concluiu.

Matemática da classificação

Segundo nossa reportagem, será preciso 12 ou 13 pontos para passar de fase. O primeiro colocado deverá ficar na faixa dos 21 aos 23 pontos.

Saída precoce

Durante toda partida juvenil, o Imperial contou com uma barulhenta organizada. Pouco antes da partida adulta, a organizada do Santa Quitéria chegou. Tivemos cerca de 15 minutos com um interessante duelo de gritos e baterias. Porém, pouco depois de sofrer o primeiro gol, a organizada do Imperial surpreendentemente deixou o Manoel Gustavo Schier com sua faixa e seus instrumentos.

Com que roupa eu vou?

Perguntado sobre se o bonito uniforme usado na partida era novo, a reportagem ouviu uma curiosa resposta da diretoria do Imperial: “na verdade, temos 23 jogos de uniforme”. Isso significa que, se não fosse o regulamento pedindo o uso do uniforme 1 em casa, o Imperial poderia usar toda partida um uniforme diferente na Suburbana deste ano sem repetir camisa, mesmo que chegue na final e a final vá para o terceiro jogo.

Nos juvenis, bom jogo e empate no apagar das luzes

Na preliminar de juvenis, Santa Quitéria e Imperial ficaram no empate por 1 a 1. A equipe mandante veio com um time completamente diferente da temporada passada, pois trocou de parceria de categorias de base, agora formada por garotos do litoral paranaense, de Paranaguá a Guaratuba, que treinam no campo da Brasil Foods, próximo ao Porto de Paranaguá. Muitos ficaram maravilhados de ver após o jogo o ídolo local parnanguara Ratinho no aquecimento. O Imperial manteve a base que jogou a Série B da Suburbana Juvenil na temporada passada, apenas deixando de contar com atletas que estouraram a idade enquanto adicionou alguns de idade mínima para completar a equipe.

Foi um jogo bastante disputado. O Santa Quitéria mostrou uma equipe bastante forte fisicamente na defesa e com jogadores insinuantes no ataque. O Imperial mostrou bastante conjunto, mas abusou de perder gols, mostrando-se nervoso com a estreia. Na primeira etapa, a equipe do Mossunguê acertou a trave quatro vezes. Mesmo assim, quem saiu na frente foi o Santa Quitéria com gol de Gabriel Zanardi aos 34 minutos.

Na etapa final, o Imperial martelou atrás do gol de empate. A cada chance perdida, aumentava a certeza de que não iria acontecer. Até que, aos 43 minutos, em cima da marca que o árbitro Felipe Kirchner Bello apontou para os acréscimos, não custa lembrar que os jogos do juvenil têm dois tempos de 40 minutos, o meia Gérson cobrou escanteio na esquerda de pé trocado e a bola fez uma curva, morrendo no fundo das redes. Isso mesmo: um gol olímpico no último lance do jogo salvou o Imperial da derrota.

Ficha Técnica:

Santa Quitéria 5 x 1 Imperial

Estádio Manoel Gustavo Schier, Vila Uberlândia, Novo Mundo, Curitiba

Santa Quitéria: Jonas; Lito, Ednaldo Pedra, Jair (Baloy) e Marabá; Aroldo (Edson Grilo), Orlei, Massai e Ratinho (Tilico); Robson (Diego) e Alan (Dinda). Técnico: Valmir Constantino.

Imperial: Julio; Luciano, Diego, Aroldo e Deda; Abimael, Jhoni (Tobi), Caíque e Zeti (Dênis); Japa e Samuel. Técnico: Pastor Serafim.

Arbitragem: Cristian Eduardo Gorski da Luz, Ivan Carlos Bohn e Reube Dobrychlop dos Reis.

Gols: Ratinho (SQT, aos 15/1.º, e aos 22/1.º), Massai (SQT, aos 32/1.º), Lito (SQT, aos 42/1.º e 20/2.°); Dênis (IMP, aos 39/2.º)

Cartões Amarelos: Jair (SQT); Diego, Caíque (IMP).

Confira as imagens das partidas:

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