Santa Quitéria segura Iguaçu e conquista a Suburbana

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Jogadores do Santa Quitéria comemoram o título da Suburbana. Distúrbios no fim da partida impediram entrega oficial da taça
Jogadores do Santa Quitéria comemoram o título da Suburbana. Distúrbios no fim da partida impediram entrega oficial da taça

O Santa Quitéria conquistou na tarde deste sábado (5) a Suburbana pela quinta vez em sua história. O título, primeiro desde 2010, veio num empate sem gols contra o Iguaçu no Egydio Ricardo Pietrobelli, casa do adversário. Como venceu a ida no Maurício Fruet por 1 a 0, gol de Jônatas Omelete, o time auriverde chegou aos quatro pontos no mata-mata decisivo, o que significou o título após uma partida defensivamente impecável.

A taça infelizmente não pôde ser levantada no gramado, pois distúrbios que começaram com objetos atirados no gramado e terminaram com intervenção da Polícia Militar fizeram com que o cerimonial do campeonato fosse transferido.

O jogo

O Iguaçu teve uma baixa poucos minutos antes do jogo. O goleiro Jura foi barrado ao sentir no aquecimento. Com isso, o Galo da Colônia foi com Rodrigo no gol, mas mantendo a certeza que teria de ir com tudo para cima numa formação ofensiva cheia de atacantes. O Santa Quitéria usou uma formação usual de sua equipe, dando recado que não viria apenas para se defender, mesmo em teoria se satisfazendo com um empate.

O Iguaçu começou com uma blitz ofensiva e quase marcou aos 12 minutos com Djonatan perdendo chance frente a frente com Jonas. Porém, o Santa Quitéria passou a equilibrar o jogo e a encaixar a marcação, mesmo que pecando muito na saída de bola. O time da casa sofreu um golpe aos 16 minutos quando perdeu seu vice-artilheiro, e do campeonato, Altair, por lesão.

Enquanto tentava atacar em números, o Iguaçu via o Santa Quitéria recuperar bem a bola no meio de campo e tentar emendar algum contra-ataque. Isso colocou o jogo em alta voltagem, mesmo que não houvesse lances deliberadamente violentos.

No segundo tempo, Jônatas Omelete quase abriu o placar para o Santa Quitéria aos 10 minutos. O tempo conspirava contra o Iguaçu, que martelou, parando em mais uma boa atuação do goleiro Jonas, e tomava seus sustos, como mais um, aos 41 minutos, com Luan. Um lance seria capaz de mudar tudo, podendo levar a decisão para um terceiro jogo.

O clima ficou nervoso demais fora de campo, com a partida sendo várias vezes paralisada nos últimos minutos por pedras, paus e latas atiradas no gramado pela torcida local. Era a pior coisa que poderia acontecer ao Iguaçu, que teve seu ímpeto cortado pela confusão e não teve tempo para mais nada.

Cenas lamentáveis deixam final sem taça

Ao apito final, a chuva de objetos tornou-se maior e incluiu pedras, tijolos e até cadeiras de plástico, que ficaram maiores quando parte da torcida do Santa Quitéria entrou em campo para comemorar com os jogadores. A Polícia Militar interviu, com direito a uso de balas de borracha, dispersando até o público que não tinha a ver com a confusão. Com isso o cerimonial de premiação foi adiado pela Federação Paranaense de Futebol.

Sem taça, os jogadores do Santa Quitéria primeiro ficaram acuados no lado inverso da confusão, depois comemoraram com sua torcida o título que não vinha desde 2010.

Jorge Mendonça XXI

O camisa 14 do Iguaçu, Caio, foi para a mesa, assinou a súmula e preparou-se para entrar. Eram passados 34 minutos do 2.º tempo. Ele iria entrar no lugar de Djonatan. Porém, o técnico Juninho pediu para a substituição esperar e lá ficou Caio por longos minutos ao lado do campo. No fim das contas, acabou não entrando na partida.

Campeão de novo

O meia Juliano não atuou pelo Santa Quitéria nesta partida, pois estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo, mas pode colocar no currículo que é bicampeão da Suburbana, pois foi um dos pilares do Nova Orleans campeão de 2014. Outro bicampeão é o meia Gean, que vestiu a 10 do time auriverde.

Um bi diferente

Dedé, do Santa Quitéria, comemorou duas vezes nos dois anos, mas de modo diferente. Em 2014, ele era o treinador do time juvenil do Combate Barreirinha, que venceu em campo a decisão (depois, o título acabou cassado no TJD por escalação irregular, indo parar com o Novo Mundo). Para a próxima temporada, o jogador-professor disse que quer tentar conciliar ser jogador do adulto do Santa Quitéria com função de treinador no juvenil, mas com prioridade à segunda função.

Curiosamente, quem herdou aquele título e pode (e deve) se considerar bicampeão é o técnico Leandro Chibior, que dirigia os juvenis do Novo Mundo naquela partida que foi decidida nos pênaltis lá no Bôrtolo Gava, casa do Operário Pilarzinho.

O artilheiro

Marcelo Tamandaré do Iguaçu passou em branco na decisão, mas fechou o campeonato com o título de artilheiro, tendo marcado 14 gols.

E os juvenis?

Como teve campeão também nos juvenis, diferente do que estamos fazendo normalmente, teremos um material à parte, inclusive com as fotos da partida num slideshow só para eles. Confira neste domingo.

Mais

Durante a semana, teremos material com alguns personagens da decisão. Não perca.

Ficha Técnica:

Iguaçu 0 x 0 Santa Quitéria

Estádio Egydio Ricardo Pietrobelli, Butiatuvinha, Santa Felicidade, Curitiba

Iguaçu: Rodrigo; Everson (Bruninho), Douglas, Emerson e Marabá (Guilherme Tomate); Juninho, Djonatan e Altair (Marcelo Moscatelli); Marcelo Tamandaré, Luciano Tanque (Thiaguinho) e Nilvano. Técnico: Juninho.

Santa Quitéria: Jonas; Renan, Lela, Bruno e Adriano Chuva (Lima); Adan, Edinaldo Pedra, Aroldo (João Vitor) e Gean (Julianinho); Robson (Jacaré) e Jônatas Omelete (Luan). Técnico: Leandro Chibior.

Arbitragem: José Mendonça da Silva Jr., Ivan Carlos Bohn e Luciano Roggenbaum.

Cartões Amarelos: Juninho (IGU); Renan, Edinaldo Pedra, Aroldo, Robson (SQT)

Confira imagens da partida:

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