Trieste vence Fanático nos pênaltis e conquista a Taça Paraná pela 11.ª vez

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Feijão, capitão do Trieste, levanta a Taça Paraná colocando fim a jejum de 18 anos

Depois de 18 anos, o Trieste é novamente campeão da Taça Paraná. O longo jejum teve fim na tarde deste sábado (30), no Francisco Muraro, após vitória sobre o Fanático nos pênaltis por 5 a 4 na sequência de uma vitória no tempo normal por 2 a 1. A ida em Campo Largo havia sido 1 a 0 para o Fanático.

Com o triunfo, o Trieste se isola como a equipe com mais títulos da Taça Paraná. Agora com 11 conquistas: 1965, 1966, 1969, 1970, 1971, 1984, 1985, 1988, 1990, 2006 e 2024. Rival da decisão, o Fanático seguiu com nove títulos, o últimos em 2017.

No tempo normal, Feijão e Maranhão marcaram para o Trieste, enquanto que Gabriel marcou para o Fanático. O grande destaque na decisão por pênaltis foi o goleiro Filipe Dias, que pegou a cobrança de Celo e contou com a eficiência de seus companheiros que tiveram 100% de aproveitamento na “marca da cal” (aqui uma observação estilística de que, por ser de grama sintética, a marca do pênalti do local da decisão é meramente um círculo de grama plástica branca).

“Difícil o quanto a gente batalhou. No fim a gente estava levando o título, mas tomamos o gol no final. Quero parabenizar o Trieste e agora vamos pensar no ano que vem”, disse o meia Gabriel, que sofreu e converteu o gol de pênalti do Fanático no tempo normal.

“Só tenho agradecer neste ano. Desde o Urano, desde o profissional e agora no Trieste. O ano foi maravilhoso. Trieste de parabéns. Toda semana treinamos com objetivo de chegar na decisão e cumprimos o objetivo de ser campeão”, analisou o goleiro Filipe Dias do Trieste. O camisa 1, ex-Darmstadt da Alemanha e ex-Urano, ganhou a posição de titular nas semifinais para não largar, defendendo um pênalti na decisão.

“Difícil. Final gigante, dois maiores vencedores de Taça Paraná. Desde que passamos para a final, sabíamos que seria no detalhe e foi, mas não precisava ter sido nos pênaltis. Foi um ano mágico. Sei que trabalho para caramba, mas Deus abençoa onde põe a mãe e é difícil dar errado. Eu agradeço a Deus mais e mais”, declarou Marcos Franco, que na temporada foi campeão da Suburbana pelo Operário Pilarzinho, assumiu o Trieste para a Taça Paraná e agora conquista mais um título pelo novo clube.

O jogo

Maranhão converte a última cobrança de pênalti dando o título ao Trieste

Mesmo podendo empatar, o Fanático não se encolheu diante do Trieste. O que se viu então foi um jogo aberto com as duas equipes martelando, mas sem grande contundência nos minutos iniciais.

Foi aos 30 do primeiro tempo que o Trieste saiu na frente. Uma saída rápida de contra-ataque virou uma troca de passes que terminou em assistência de Magu para Feijão bater cruzado. Este resultado levaria a decisão para os pênaltis.

O empate do Fanático veio aos 37 minutos. Gabriel arrancou pelo lado esquerdo e foi derrubado por Fortuna. Ele mesmo bateu para empatar a partida e recolocar a taça nas mãos do Fanático.

O duelo foi um jogo com muitos cartões. O árbitro André Ricardo Martins não quis saber de contemporizar e exibiu muitas advertências. Porém, o primeiro par de expulsões foram vermelhos diretos aos 31 minutos da etapa final. Feijão do Trieste e Rodriguinho do Fanático trocaram gentilezas e empurrões e acabaram indo mais cedo para os vestiários deixando os times com dez atletas em campo.

O Fanático ficou com nove jogadores aos 35 minutos. Adriano Chuva, que já tinha amarelo, fez uma falta por trás em lance frontal e recebeu a segunda advertência e consequente expulsão.

Por consequência, o gol que levou a decisão para os pênaltis, aos 39 minutos, nasceu em jogada pelo lado esquerda da defesa do Fanático, que era protegido antes da expulsão por Adriano Chuva. Luquinhas foi ao fundo, cruzou, a bola passou por Coutinho, mas não por Maranhão, que correu para a galera do Trieste.

O Trieste, com maioria numérica, ainda tentou o terceiro gol que daria o título direto, mas não conseguiu furar mais uma vez a meta defendida por Lucas Macanhan.

Nos pênaltis, João Amílton e Lucy converteram a primeira batida de suas equipes. Na sequência, Celo foi parado no canto direito por Filipe Dias e Luquinhas converteu para o Trieste, que assumiu a dianteira. Alexander (F), Victor Tilly (T), Ever (F), Fefê (T) e Ivan (F) converteram suas cobranças. Coube a Maranhão, o homem que levou a disputa para os pênaltis, encerrá-la com uma cobrança forte deslocando o goleiro seguida de mais uma corrida em direção à torcida já sem camisa.

Ficha técnica da partida:

Trieste 2 x 1 Fanático – 5 a 4 nos pênaltis
Estádio Francisco Muraro, Santa Felicidade, Curitiba
Trieste: Filipe Dias; Lito (Coutinho), Jair (Dudu), Fortuna e Victor Tilly; Thiago Oliveira (Fefê), Marquinhos Lima (Lucas Marques) e Magu (Maranhão); Luquinhas, Natan (Lucy) e Feijão. Técnico: Marcos Franco.
Fanático: Lucas Macanhan; João Amilton, Leandro Silva, Thiago Gbur e Adriano Chuva; Maycon Canário (Rodriguinho), Jhon (Ivan) e Gabriel (Ever); Celo, Pablo (Eder) e Bruninho (Alexsander). Técnico: Alei Júnior.
Arbitragem: André Ricardo Martins, Heitor Alex Eurich, Sérgio Henrique Monteiro Gomes.
Gols: Feijão (TRI, aos 30’/1.º), Gabriel (FCL, aos 37’/1.º), Maranhão (39’/2.º).
Cartões: Amarelos: Fortuna, Jair, Thiago Oliveira, Lito, Will, Jair Jr, Maranhão (TRI); Ever, Gabriel, Adriano Chuva, Maycon Canário, Lucas Macanhan, Celo (FCL). Vermelhos: Feijão (TRI, aos 31’/2.º), Rodriguinho (FCL, aos 31’/2.º), Adriano Chuva (FCL, aos 35’/2.º).

Confira imagens da partida:

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