Em uma partida marcada por muitas chances perdidas e lances incríveis, o Trieste bateu o Renovicente por 1 a 0, no Francisco Muraro, e ajudou a embolar o Grupo D da 2.ª Fase da Série A da Suburbana. O único gol de sábado (24) foi de Nenê, que saiu do banco para decidir a partida.
Com a vitória do Santa Quitéria sobre o Vila Fanny por 2 a 0, a chave ficou completamente indefinida, com o Fanny liderando com sete pontos, o Santa Quitéria com seis, duas vitórias, o Renovicente com seis, uma vitória, e o Trieste com quatro. Todos os quatro times seguem com chances de classificação para as semifinais, restando duas rodadas.
“Foi um jogo difícil. O time ficou em cima todo o momento, procurava fazer gol, a bola não entrava, acho que por nervosismo. Fomos felizes com um gol. Agora entramos na briga e vamos buscar vitória lá, respeitando o Santa Quitéria, uma boa equipe, mas acreditando no nosso potencial”, afirmou Nenê, autor do gol triestino. “A gente tinha deixado a chance escapar semana passada na nossa casa, quando só empatamos. Viemos aqui com alguns desfalques, mas temos mais dois jogos, um em casa e outro fora. Vamos ver se conseguimos fazer treino na quinta. Em falha nossa fizeram gol, mas não tem nada perdido. Em casa, diante do Quitéria, temos de prevalecer mando e tentar resultado contra o Fanny fora”, explicou Bruno, volante do Renovicente.
Os times voltam a campo em datas diferentes, segundo a tabela atual da FPF. Inicialmente não teríamos jogos no feriado de Finados, mas está marcado para sexta-feira (30), às 16h30, Vila Fanny x Renovicente, enquanto que no sábado (31), no mesmo horário, jogam Santa Quitéria x Trieste. Os juvenis de Trieste e Renovicente se enfrentam nesta quarta-feira (28), no Francisco Muraro, às 16 horas.
O jogo
A partida começou com ritmo forte e o Trieste sufocando o Renovicente no campo de defesa. O Renô, que já vinha bastante desfalcado, perdeu Assuero com lesão no joelho logo aos dois minutos de jogo e parece ter sentido o baque. O Trieste poderia ter aberto o placar e até construído uma vantagem consistente se não fosse a péssima pontaria de seus atacantes, claramente nervosos na hora do último toque. Erivélton, por exemplo, perdeu quatro chances claras na primeira etapa, do tipo que não costuma perder nos treinamentos da equipe.
O segundo tempo começou com o Trieste novamente em cima, inclusive tendo quatro escanteios seguidos ao seu favor, sintoma da pressão. Aos cinco minutos, após o goleiro Paulo, que vinha sendo destaque com ótimas defesas, atrapalhar-se com a própria zaga, Nathan perdeu com o gol aberto o mais feito até aquele momento.
O gol perdido pelo adversário virou combustível para o Renovicente, que equilibrou a partida e passou a criar chances, especialmente na bola parada com lateral-direito Willian, que exigiu trabalho e muita perícia do goleiro Diego Molina. O time visitante chegou a acertar o travessão e a trave em alguns lances, assim como o Trieste exigiu alguns milagres de Paulo.
O Trieste conseguiu marcar apenas aos 32 minutos com Nenê, que havia entrado em campo 15 minutos antes, aproveitando rebote de chute de Nathan defendido por Paulo. Na comemoração, camisa tirada e cartão amarelo.
Os locais conseguiram segurar a pressão desordenada do Renovicente que veio a seguir e ainda buscaram o segundo gol, que não veio, em jogadas de contra-ataque.
Chão de plástico
Esta foi nossa primeira partida no Francisco Muraro, que tem o nome comercial de Trieste Stadium. O campo em Santa Felicidade tem uma característica única na Suburbana: o gramado sintético. É bastante diferente do gramado sintético que o leitor deve conhecer das canchas de society. O piso tem bastante amortecimento e ao pisar (a reportagem deu uma caminhada por ele antes, no intervalo e depois do jogo) lembra bastante os campos de grama do tipo Bermuda (usada em estádios como a Vila Capanema, Ecoestádio, Couto Pereira e Arena da Baixada), tanto que os atletas utilizam as mesmas chuteiras que normalmente usam nos gramados naturais. “A bola na verdade fica um pouco mais rápida, mas é só questão de se adaptar”, explicou Bruno, do Renovicente, que atuou a temporada passada no Trieste e conhece o lado de ser local e visitante no Francisco Muraro.
Conexão Juazeiro
Um dos nomes mais conhecidos do Trieste nesta temporada era o do volante Goiano, ex-Paraná. Porém, Goiano não joga mais nesta Suburbana. O motivo é que foi trabalhar na Bahia como auxiliar técnico do treinador Paulo Foiani no Juazeirense, equipe que foi terceira colocada no último Campeonato Baiano e irá disputar, além do Estadual, a Copa do Nordeste na próxima temporada. Como diria o eterno Boluca, “vai com Deus, guri!”
Ficha Técnica:
Trieste 1 x 0 Renovicente
Estádio Francisco Muraro (Trieste Stadium), Santa Felicidade, Curitiba
Trieste: Diego Molina; Buiu, Luciano (Nenê), Edson Santos e Victor Tilly (Alex); João Vitor, Amarildo e Giovane (Thiago Camargo); Erivélton , Alan (Capanema) e Nathan. Técnico: Mário Sérgio Feijão.
Renovicente: Paulo; Willian, Lila (Leandro), Ivan e Raul; Bruno, Douglas (Magno), João Paulo (Ricardo) e Didi; Assuero (Carlão, depois Gabriel) e Felipe Caron. Técnico: Rossano.
Arbitragem: Gustavo Nogas, Wesley Waldir Marmitt e Reube Dobrychlop dos Reis.
Gol: Nenê (TRI), aos 32’/2.º.
Cartões Amarelos: Edson Santos, João Vítor, Nenê (TRI); Lila, Ivan, Raul, Ricardo (REN).
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