Com o Campeonato Paranaense encerrado, vários órgãos de imprensa montam suas seleções. Resolvemos não ser diferentes quanto a isso. Logo, segue a seleção que o blog achou de melhor neste Paranaense de 2015, que teve o Operário como o campeão inédito. Veja como ficou o time e opine ali nos comentários:
Goleiro – Jhonatan (Operário)
O goleiro do Fantasma fez até gol na competição, mas isso foi o de menos perto de como jogou especialmente na fase final da competição. Parecia aqueles goleiros argentinos clichê da Libertadores, fazendo defesas incríveis e catimbando como ninguém, afetando também o psicológico dos adversários. Na grande decisão, a defesa à queima-roupa num chute de Wallyson foi o suficiente para virar o placar psicológico da partida, num momento que o placar estava em 0 a 0 e um gol do Coritiba colocaria fogo na partida.
Lateral-direito – Danilo Báia (Operário)
O grande ponto de desequilíbrio do Operário foi seu lateral-direito, uma revelação tardia de 29 anos. Danilo Báia foi o grande assistente da equipe de Ponta Grossa. Tem potencial até, com a idade se aproximando, de encerrar a carreira como meia, tão grande é a qualidade no terço final de campo.
Zagueiro – Dirceu (Londrina)
O Londrina teve junto com o Foz a melhor defesa da competição. Parte disso se deve a mais um bom campeonato de seu capitão, o zagueiro Dirceu. Desta vez não veio o título do Campeonato, apenas o do Interior e também o 3.º lugar na classificação geral.
Zagueiro – Douglas Mendes (Operário)
O zagueiro engoliu os atacantes do Coritiba na decisão e mostrou ser um pedaço fundamental da sólida defesa do Fantasma, responsável por tomar apenas um gol nos seis jogos decisivos e, por tabela, garantir o título.
Lateral-esquerdo – Carlão (Foz do Iguaçu)
Mais que o Operário e principalmente pelas circunstâncias, o Foz foi a grande surpresa do Paranaense. A equipe foi a última a ser confirmada, após a desistência do Arapongas, e fez bonito, terminando em quarto lugar e com uma vaga na Série D. Num campeonato que os laterais-esquerdos não se destacaram tanto, o Carlão do Foz merece a lembrança.
Volante – Alan Santos (Coritiba)
Num esquema tático com bastante marcação e pouca criatividade, Alan Santos foi o responsável por dar estes lampejos ao time do Coritiba com boas chegadas ao ataque, especialmente no começo da competição.
Meia/Volante – Léo Maringá (Londrina)
O veterano meio-campista foi um dos destaques da equipe do Tubarão. O veterano de 36 anos ainda segue desfilando seu futebol voluntarioso, bom nas bolas paradas e nos chutes de longa distância.
Meia – Netinho (J. Malucelli)
O Jotinha caiu nas quartas de final frente ao Foz, mas na primeira fase empreendeu uma briga ponto a ponto contra o Coritiba pela ponta da tabela. Muito disso graças ao experiente meia Netinho, forte nas bolas paradas e tiros de longe. O Paranaense serviu para o recolocar na órbita de equipes maiores.
Meia – Ruy (Operário)
Ruy havia sido contratado no fim do ano passado para jogar mais um Paranaense pelo Arapongas. Porém, o time fechou. Melhor para o Operário, que o contratou, encontrando seu armador do título. Ruy, que curiosamente foi dispensado do Coritiba após fazer a base na equipe, mostrou que tinha sim condições de brilhar no Alto da Glória, e assim o fez, mas pelo Fantasma. Foi o grande jogador da equipe nos jogos decisivos, junto com Danilo Báia.
Atacante – Juba (Operário)
Curiosamente, brigava pela posição no time com o seu colega Douglas, que perdeu a posição por causa de uma suspensão na ida e por problemas físicos na hora da decisão. Geralmente centroavante no Novo Hamburgo, Juba mostrou ter se reinventado, chegando a marcar ponta-esquerda adversário no campo de defesa e, nos minutos seguintes, aparecer livre para marcar.
Atacante – Rafhael Lucas (Coritiba)
Rafhael Lucas foi o grande artilheiro do Campeonato Paranaense, com 12 gols. Porém, o corpo cobrou a conta da sequência de jogos, com lesões em partidas decisivas. O atacante foi tão fundamental para o Coritiba que a equipe venceu apenas uma partida na competição sem gol do camisa 99: o 3 a 0 sobre o Londrina na volta da semi-final.
Técnico – Itamar Schülle (Operário)
Levar ao título um time que nunca foi campeão e que, depois de um jejum de finais que vinha antes de nascer, ainda convivia com o peso de 14 vice-campeonatos estaduais não é para qualquer um. O catarinense de 47 anos montou uma equipe sólida e que teve mentalidade vencedora na hora da decisão. Vale lembrar que a folha de pagamento do Fantasma é aproximadamente 25% da folha do vice-campeão Coritiba apenas.
Revelação – Rafhael Lucas (Coritiba)
Rafhael Lucas vai fazer 23 anos em novembro, mas merece o título de revelação. Artilheiro na base, teve uma grave lesão quando subia para o time principal, o que brecou sua evolução, justo em temporadas que o Coxa careceu de um centroavante confiável. Agora o Coritiba tem este centroavante confiável e feito em casa. Porém, a pressão sobre o camisa 99 tende a aumentar e é urgente que a equipe deixe de ser tão dependente dos gols dele, pois a marcação começará a ficar mais dura.
Craque – Danilo Báia (Operário)
Danilo Báia, 29 anos, foi a principal fonte de gols do Fantasma. Dos pés dele saíram os gols que deram a vantagem na ida da decisão. E, para quem só começou a prestar atenção no time do Operário perto da final: ele estava jogando perto deste nível desde o começo. Por isso, o craque do campeonato.
Veja mais:
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Participação do Futebol Metrópole no Última Divisão falando do Operário
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