Você gira o mundo por causa de sua profissão, fica famoso, conhece lugares, mas a saudade da terra bate e aí vem a volta à terra de onde saiu. Pelo menos dois veteranos terão a oportunidade de defender um time da cidade em que nasceram no Paranaense que começa no fim do mês. Pelo FC Cascavel, clube jovem, o zagueiro Cristiano Ávalos, de 37 anos recém-completados, que rodou por Paraná, Santos, São Caetano e vários outros times, seguirá defendendo a equipe após o acesso (chegou lá em 2014). Pelo Foz do Iguaçu, a novidade é o goleiro Édson Bastos, 35 anos, que ficou conhecido no Figueirense e no Coritiba e é o reforço de maior impacto da equipe, empatado com o dirigente Negreiros despendurando as chuteiras para ser o camisa 9.
Aí você pensa. É mais fácil jogar na sua cidade natal? Tem gente que pensa o contrário, o que é o caso do próprio Édson Bastos. Está certo que nem Foz e nem Cascavel são cidades pequenas. Foz tem mais de 250 mil habitantes e Cascavel passa dos 260 mil. São pólos regionais. Mas as pessoas se conhecem mesmo assim e conhecem as famílias, o que pode virar alvo dela, a indefectível corneta. “Sou um jogador campeão, independente do clube que defenda, sempre busco o meu melhor. Defendendo a equipe de minha cidade, junto a minha família, amigos, é claro que a pressão é maior, mas estamos preparados”, disse o goleiro durante sua apresentação em dezembro, após defender a Ponte Preta.
Por outro lado, pense se o time conquistar um objetivo, ainda mais com os filhos pródigos. A casa dos parentes virará local de peregrinação e, quem sabe, uma praça, uma rua ou uma escola tenha no futuro os nomes de Cristiano Ávalos ou de Édson Bastos, que venceram também pelos times das terras que os projetaram.