Pão com bife traz energia para a Suburbana

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Diretor social do Nova Orleans, Marcos Luiz Tavario pilota há uma década a chapa do pão com bife do clube da Zona Oeste
Diretor social do Nova Orleans, Marcos Luiz Tavário pilota há uma década a chapa do pão com bife do clube da Zona Oeste

O futebol amador de Curitiba tem uma receita gastronômica simples, eficaz e de muito sabor em suas jornadas, o pão com bife. Longe da gourmetização que atinge os estádios do futebol profissional, a iguaria é a grande opção para a aquela boquinha antes e durante os duelos da competição, como o jogo em que o Nova Orleans foi batido em casa pelo Operário Pilarzinho por 1 a 0, na primeira partida da decisão da Suburbana 2014, no último sábado (6).

A maioria dos clubes servem a iguaria, que antes das arenas, existia também nos campos profissionais. A receita é praticamente a mesma em todas as praças. Confesso não ir lá há muitos anos, mas o Trieste, por exemplo, colocava queijo no pão com bife. Fora isso é uma combinação entre a habilidade de quem pilota a chapa e o pedido do cliente entre bem e mal passado.

O Nova Orleans, cujo estádio José Drulla Sobrinho foi casa da primeira decisão, tem uma estrutura em expansão e acima da média da Suburbana, com salão e ginásio anexos ao campo, além de campo suplementar na entrada e obras de um novo salão para seus sócios. O clube fica encravado no meio do Orleans, bairro de apenas 7,6 mil habitantes na Zona Oeste, a menos populosa de Curitiba. A cozinha fica no limite entre as torcidas da casa e visitante.

Diferente das estruturas gigantescas que o futebol profissional tem, são diretores que colocam a mão na massa, ou no bife. No Nova Orleans, quem pilota a chapa há dez anos é o diretor social do clube, Marcos Luiz Tavário. A reportagem fez como qualquer torcedor e pagou pela iguaria para provar. Pediu um bem passado e aprovou com louvor um pão com bife bem temperado e na consistência perfeita sem se divorciar o carboidrato e a proteína na primeira mordida. “Em jogos normais, a gente faz cerca de 200 pães com bife. Hoje [sábado], a expectativa é uns 500”, afirmou Tavário, que fez uma recomendação que mostra outra diferença entre o futebol amador e o futebol profissional brasileiro. “A pedida mais feita aqui é um pão com bife e uma cervejinha para assistir ao jogo”, concluiu.

Sim, a cerveja é liberada, diferente do profissionalismo, em que alguém achou que hooliganismo e venda de álcool em jogos estavam ligados e realmente não se vê nenhuma diferença entre a violência antes e depois da proibição. Estão servidos?

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