A Terceirona do Paranaense terá seu novo campeão no domingo. Como somos adeptos do Futebol Alternativo, o Futebol Metrópole apresenta um guia (nem tão) conciso para você, que está em Curitiba e região poder ir ao jogo e desfrutar deste espetáculo.
Em primeiro lugar, o jogo é no Janguito Malucelli, no Mossunguê, em Curitiba, ao lado do Parque Barigui. A entrada custa R$ 10 para torcida local e R$ 20 para visitantes. É um retorno a pelo menos 10 anos atrás, quando se praticavam estes preços de maneira contumaz.
Na ida, no Estádio Os Pioneiros, Jonathan e James marcaram para o Pato Branco, dando vantagem de 2 a 0 para o time do Sudoeste. O Pato Branco poderá perder por até um gol de diferença que levanta a taça. Vitória do Andraus por dois gols leva a decisão para os pênaltis. Vitória do Gigante da Pedreira por três ou mais gols leva a taça para Campo Largo.
A Terceirona
Enquanto o Campeonato Paranaense da 1ª Divisão teve sua centésima edição, vencida pelo Londrina, neste ano, a Terceirona tem cartel bem mais modesto: esta é a 15.ª edição, sendo a sétima vez consecutiva (é jogada desde 2008), igualando o recorde do período entre 1997 e 2003. A primeira vez que foi jogada foi em 1991. Só em uma oportunidade não foi a última divisão profissional do Campeonato Paranaense, 2001, quando uma inusitada 4.ª Divisão foi jogada por impressionantes 14 clubes, sendo o Internacional de Campo Largo, conterrâneo do Andraus e atualmente no amadorismo, o campeão.
Galeria de campeões
1991 – Ubiratã
1997- Prudentópolis EC
1998- Nacional de Rolândia
1999- Telêmaco Borba
2000- Renove (Fazenda Rio Grande)
2001- Águia de Mandaguari
2002- Dois Vizinhos
2003- Sport Paraná (Formosa do Oeste)
2008- Serrano Centro-Sul (atual Prudentópolis FC)
2009- Pato Branco
2010- Metropolitano (atual Maringá FC)
2011- Junior Team (Londrina)
2012- Francisco Beltrão
2013- FC Cascavel
A atual competição
A atual edição começou com sete equipes: além de Andraus, que é de Campo Largo, e do Pato Branco, Batel de Guarapuava, Portuguesa Londrinense, Sport Campo Mourão, Cascavel CR e Grecal, este último também de Campo Largo, disputaram o certame. Destes, apenas os dois campolarguenses nunca estiveram na elite estadual. O saldo de gols deixou o Andraus e Pato Branco na decisão, enquanto que o Batel ficou em terceiro. Os três times empataram em pontos e vitórias. Porém, com a desistência do Arapongas na 1.ª Divisão, o Batel também deve ser promovido à Segundona, devendo ocupar o lugar do Foz, que foi promovido pela desistência do time alviverde do Norte.
Os finalistas
O Andraus é um clube relativamente jovem, com apenas 10 anos de fundação (20/08/2004), sendo que antes existia como escolinha de futebol. A cidade da equipe é Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Com 112 mil habitantes, é conhecida como “A Capital da Louça” por sediar empresas tradicionais do ramo de cerâmica e porcelanas. É próxima à Serrinha do Purunã, fazendo com que tenha diversas pedreiras, originando a alcunha da equipe, o “Gigante da Pedreira”.
Maior orgulho do Andraus é o atual camisa 9 da seleção, Diego Tardelli, que no Paraná também é conhecido por ser filho do ex-meia Tadeu, multicampeão estadual primeiro pelo Londrina e depois pelo Paraná. Tardelli esteve nas escolinha do Andraus em 2001. O Gigante da Pedreira tem como principal missão revelar jogadores e atualmente tem parceria com o Atlético-PR. Um jogador vindo desta parceria é titular do Furacão: o zagueiro Cléberson.
O Pato Branco foi fundado em 5/11/1979, portanto tem 35 anos. É resultado de uma fusão entre o Palmeiras e o Internacional, clubes que cederam o verde e o vermelho, respectivamente ao Pato. Pato Branco fica no Sudoeste do Paraná e tem pouco mais de 78 mil habitantes, sendo uma das cidades principais da região. A localidade possui um pólo econômico baseado em eletrônicos e eletrodomésticos. O Tricolor do Sudoeste já esteve por 11 vezes na elite estadual e tem como grande arquirrival o Francisco Beltrão, o Marreco. As duas cidades, inclusive, possuem uma rivalidade acalorada pela liderança da região Sudoeste.
A cidade de Pato Branco tem entre seus orgulhos dois jogadores que estão atualmente no São Paulo. Ambos saíram jovens da cidade e não defenderam o clube. Rogério Ceni atuou no futsal da cidade antes de se mudar para Sinop e lá fazer a transição para o campo. Alexandre Pato foi outra revelação das quadras da cidade, sendo descoberto pelo Internacional durante um torneio realizado em Palmas, cidade próxima.
O estádio
Palco do jogo de domingo, o Ecoestádio Janguito Malucelli é único. As arquibancadas são de grama, em um barranco e usa estrutura de dormentes de estrada de ferro e antigos postes de madeira. Foi inaugurado em 2007 e pertence ao J. Malucelli. Tem iluminação desde 2013. Seu recorde de público foi o clássico entre Atlético x Paraná, na rodada final da Série B de 2012, quando 6.609 pessoas pagaram ingresso. Naquela oportunidade, o estádio tinha capacidade ampliada por arquibancadas tubulares.
O estádio fica na BR-277, que o separa do Parque Barigui. Desde 2012 há uma passarela no local. Curiosamente, o Andraus tem sede na mesma BR-277, só que em Campo Largo, alguns quilômetros à frente. Logo, é da mesma rua do dono do campo. Curiosamente, uma das rotas de ônibus de viagem entre Curitiba e Pato Branco passa em frente do estádio.
Seleto, 1964 – Pedrinho, Celso, Ricardinho da Estiva, o Cosminho, Jairton, Dejalma, Ailton, Iauca, Chapadão, Quarentinha, Nardo de Valadares, Ibanez, Victor, Florrindo, Dejair, Alceu, Chico, Renato e Taborda. Se der, fala pra fazer uma apresentasão desse elenco na festa da Tainha.