Trieste vence Iguaçu e é o novo campeão da Suburbana

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Jogadores do Trieste levantam a taça: título coloca fim a jejum de 5 anos e impede tri inédito de arquirrival

Em partida disputada neste sábado (8) no Egydio Ricardo Pietrobelli, o Trieste venceu o Iguaçu na casa do arquirrival por 2 a 1 e conquistou o título da Suburbana 2018. A conquista interrompeu uma seca de 5 anos sem taça do Tricolor da Colônia ao mesmo tempo que impediu o inédito tricampeonato no arquirrival Iguaçu, que estava invicto até esta partida. Robinho e Evandro marcaram os gols do Trieste, enquanto que Pedro Oldoni marcou para o Iguaçu. O goleiro Rodrigão, que entrou em campo após lesão no quadril do titular Juninho, defendeu um pênalti que poderia significar o empate e o adiamento da decisão para o terceiro jogo. É o 13.º título do Trieste, que segue como o maior campeão da Suburbana, competição disputada desde 1941.

“Ninguém esperava perder em casa. Foi a primeira e única derrota nossa no campeonato, estamos tristes, o time está triste”, disse o ponta nigeriano Samuel, do Iguaçu. “Não tem dúvida que jogo foi pegado. Ano passado também foi e ano passado peguei pênalti, mas não fomos campeões. Neste ano peguei de novo e é festa para todos”, disse o goleiro Rodrigão, herói improvável da partida ao sair do banco para a consagração.

O jogo

A ida havia terminado empatada por 1 a 1. Em termos de competição, uma vitória de qualquer lado daria o título ao vencedor e um novo empate adiaria a decisão para um terceiro jogo no dia 15 no próprio Egydio Ricardo Pietrobelli devido à melhor campanha do Iguaçu.

O Trieste começou marcando o Iguaçu com intensidade, sufocando a saída de bola. Pressionado, o Iguaçu perdia a bola com facilidade ou rifava para o campo de ataque. Pelo lado do campo, improvisado lateral-esquerdo, o volante Luiz Camargo teve atuação destacada. E saiu dele o primeiro gol da partida. Aos 27 minutos, o camisa 6 ajeitou para o pé direito e levantou na área na direção de Robinho. O atacante cabeceou com precisão para vencer Filipe.

A principal arma do Iguaçu seria o habilidoso ponteiro Feijão. A marcação do Trieste foi preparada para não deixar o camisa 10 no mano a mano. Funcionou a maior parte do tempo. Em um dos poucos lances que Feijão ficou no mano a mano, no lado direito, aos 32 minutos, ele driblou o marcador e cruzou rasteiro para a área. Léo Gago não alcançou, mas Pedro Oldoni sim, empatando a partida.

A igualdade durou pouco, pois foi marcado pênalti aos 37 minutos para o Trieste. Evandro bateu e recolocou os visitantes na frente do marcador.

Tentando partir para a frente no segundo tempo, o Iguaçu esbarrou num Trieste bem postado e maduro, apesar de ter uma equipe ligeiramente mais jovem que a do ano passado. Aos 19 minutos, após cair duas vezes e precisar de atendimento, o goleiro Juninho do Trieste precisou ser substituído com dores no quadril. Entrou Rodrigão, o reserva, que era titular no ano passado.

Com 12 minutos em campo, aos 31, Rodrigão cometeu pênalti. Aderaldo foi para a cobrança, batendo no meio. Rodrigão caiu para o canto esquerdo, mas levantou a perna e defendeu a cobrança, salvando a própria pele, a pele do Trieste e ainda evitando o gol que levaria para a terceira partida. O goleiro que entrou numa “fria”, em poucos instantes, deixou de ser candidato a vilão ao fazer um pênalti e virou herói ao defender.

Mesmo com o pênalti perdido, o Iguaçu seguiu em cima tentando o empate. A partida tornou-se um festival de bolas esticadas de um lado tentando o abafa e o outro tentando encaixar o contra-ataque fatal. Mas prevaleceram os dois goleiros e, após oito minutos de acréscimos, o Trieste pôde soltar da garganta o grito que não saía desde 2013.

Nos juvenis, Iguaçu levanta a taça após goleada

Jogadores do time juvenil do Iguaçu recebem a taça de campeão

Nos juvenis, a taça foi para o Iguaçu. O Alvinegro goleou o Capão Raso por 4 a 0 após empate por 0 a 0 na partida de ida. O destaque do jogo foi o atacante Luiz Felipe, autor de três gols. Nathan também marcou para o Galo da Colônia.

O time do Iguaçu entrou jogando em alta rotação e partiu para uma blitz nos primeiros minutos. Com 3 minutos, Nathan abriu o marcador. Aos 13 minutos, Luiz Felipe ampliou. Aos 25 minutos, Luiz Felipe marcou novamente e deixou o Iguaçu com a mão na taça.

O Capão Raso conseguiu um pênalti na sequência, mas Ruan bateu no canto esquerdo e Luiz Gustavo buscou com tranquilidade, encaixando a cobrança.

Na segunda etapa, focando nos contra-ataques, o Iguaçu chegou ao fechamento do placar com Luiz Felipe, em uma bela jogada, fazendo com que fechasse a competição, em que atuou em apenas 10 dos 17 jogos, como artilheiro isolado com 13 gols.

O clima ficou quente nos últimos minutos com seis expulsões, três de cada lado, sendo um deles reserva do Capão Raso, o que deixou o jogo com 8 contra 9. O técnico do Capão Raso, Ryan Marsoleki também foi expulso na última das confusões.

Ficha Técnica:

Iguaçu 1 x 2 Trieste

Estádio Egydio Ricardo Pietrobelli, Butiatuvinha, Santa Felicidade, Curitiba

Iguaçu: Filipe; Tonton (Neto), Emerson, Aderaldo e Emmanuel (Samuel); Helton, Russo e Léo Gago; Feijão (Leonardo Glonek), Pedro Oldoni e Alex Pinhais (Cleiton). Técnico: Luisinho Netto.

Trieste: Juninho (Rodrigão); Murilo, Rodrigo Mancha, Linno e Luiz Camargo; Edson Grillo, Evandro, Repolho e Marquinhos Lima; Robinho (Everton) e Marcelo Soares (Thiago Araújo). Técnico: Ivo Petry.

Arbitragem: Rafael Traci, Weber Felipe Silva, Sandra Maria Dawies.

Gols: Robinho (TRI, aos 27’/1.º), Pedro Oldoni (IGU, aos 32’/1.º), Evandro (TRI, aos 37’/1.º).

Cartões Amarelos: Helton, Russo, Pedro Oldoni e Neto (IGU); Repolho, Evandro, Robinho e Rodrigão (TRI).

Confira imagens das partidas:

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