Hoje, no Futebol Metrópole, na primeira parte do nosso Guia das Cidades do Paranaense 2015, teremos Paranaguá, casa do Rio Branco, clube que já causou impacto no mercado ao trazer jogador de Eurocopa.
Paranaguá fica no litoral paranaense e é a principal cidade da região. Tem pouco mais de 148 mil habitantes segundo a projeção de 2013 do IBGE. Fundada em 29 de julho de 1648, é a cidade mais antiga do Paraná. Porém, em 1578 já se registravam assentamentos de colonizadores portugueses na área originalmente ocupada pelos índios carijós.
A cidade de Paranaguá é conhecida pelo seu porto, um dos principais do Brasil, pelo seu casario colonial, pelas paisagens naturais, como a Ilha do Mel e pelo fandango, manifestação musical da região compreendida entre a própria Paranaguá e as cidades paulistas de Iguape e Cananeia.
Estádios notáveis
A Estradinha é o tradicional estádio do Rio Branco e já chegou a receber públicos na casa de 10 mil pessoas. O Leão da Estradinha não joga ali desde 2004, quando houve a inauguração do Gigante do Itiberê, municipal. Atualmente, é onde o time treina, mas há planos de, no futuro, voltar a mandar jogos ali. Recentemente, os planos tiveram de ser adiados, pois seriam necessários R$ 500 mil para adequar o campo aos novos regulamentos de segurança de estádios.
Como pode ser notado na foto, o Gigante do Itiberê fica às margens do Rio Itiberê, bem no Centro de Paranaguá, perto do encontro das águas do rio com a Baía de Paranaguá. O estádio foi construído em 2004 e teve o sérvio Dejan Petkovic como autor do primeiro gol pelo Vasco. Naquele jogo, o time cruzmaltino foi batido pelo Paraná por 2 a 1. Construído para abrigar 20 mil pessoas, tem atualmente liberada pelo Corpo de Bombeiros a presença de 8.132 torcedores (fonte: sessão de estádios do site da FPF).
O time da cidade
O Rio Branco é o time que representa Paranaguá no Campeonato Paranaense. É conhecido pelas alcunhas de Leão da Estradinha e Alvirrubro. Fundado em 13/01/1913 é o terceiro clube de futebol profissional em atividade mais antigo do Paraná, atrás apenas de Coritiba e Operário. Divide com o Coritiba a marca de ser o único remanescente do primeiro Campeonato Paranaense, em 1915.
A grande atração até o momento do Rio Branco é a contratação de Roger Guerreiro, lateral-esquerdo e meia com passagens pelo Corinthians e Flamengo. O atleta se naturalizou polonês após atuar no país e chegou à seleção, marcando o único gol dela na Eurocopa de 2008. Na casamata, um velho conhecido do futebol paranaense: Amauri Knevitz, campeão dos Módulos Verde/Branco da Copa João Havelange (2000) pelo Malutrom e Campeão Paranaense de 2007 pelo Paranavaí.
O rival histórico do Rio Branco não tem mais futebol profissional. É o Seleto, vice-campeão paranaense de 1964, e que fazia com o Leão o Clássico Sele-Rio. A rivalidade em campo agora é nos bailes de carnaval. O Rio Branco promove o Baile do Vermelho e Branco e o Seleto faz o Baile do Vermelho e Preto.
Dos times dos anos 60 surgiram duas lendas do Rio Branco. Oromar, à esquerda, jogava na ponta-direita e depois foi parar no Coritiba, onde também foi ídolo e ganhou títulos. Jorge Mandrake, o da direita, tem a história mais fascinante: boêmio e de temperamento difícil, era conhecido pelas noitadas, mas também pela fantástica habilidade. Se em todo o mundo há dúvidas de quem são os maiores jogadores da história, em Paranaguá tem uma certeza: Mandrake, o Mago da Bola, é um deles. O apelido surgiu da capacidade de que o atacante tinha de esconder a bola dos adversários e fazer malabarismos com ela. Surgido na várzea santista, atuou em várias temporadas pelo Rio Branco, encantando torcedores, que lamentam o fim trágico que teve, assassinado em Santos.
Mandrake, esse um Robinho Globetrotter dos velhos tempos.